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Cidades

Eleição nas Moreninhas é marcada por tumulto e reclamações

Danúbia Burema e Viviane Oliveira | 30/01/2011 13:52

Quatro chapas concorrem à presidência do bairro

Polícia pediu que integrantes de chapa ficassem do outro lado da rua, por conta da aglomeração na escola onde é realizada a votação. (Foto: Simão Nogueira)
Polícia pediu que integrantes de chapa ficassem do outro lado da rua, por conta da aglomeração na escola onde é realizada a votação. (Foto: Simão Nogueira)

A eleição para escolha do novo presidente das Moreninhas, em Campo Grande, está sendo marcada por aglomeração e reclamações de moradores. A situação em frente à escola Waldenir Barros da Silva, onde é feita a votação, ficou tensa a ponto de a Polícia Militar ser acionada para conter os ânimos.

Seis salas foram disponibilizadas para que os 3.379 eleitores do bairro escolhessem uma das quatro chapas concorrentes. Para votar, os requisitos exigidos são idade igual ou superior a 16 anos, ser morador do bairro e ter feito cadastro com antecedência.

É nesse ponto começam as reclamações dos moradores. A cabeleireira Renata Oliva, de 36 anos, não conseguiu votar porque o nome não apareceu na lista de moradores da sua rua.

O sistema adotado pela associação para escolher o representante é de listar os eleitores cadastrados por nome de rua. Na hora de votar, o morador chega e procura o nome conforme a via onde mora.

Se não estiver na lista, não pode participar. Conforme a organização, o sistema é idealizado para impedir que pessoas de outros bairros votem. Podem participar da eleição apenas moradores das Moreninhas e Nova Conquista.

Para Renata, que apesar de morar no bairro não pôde votar, a desorganização costuma estar presente em todas as eleições da associação de moradores, mas nesse ano a situação está bem pior. “Um tumulto, muito desorganizado”, resume.

A expectativa dela com o candidato que vencer é que cumpra a promessa de conseguir implantar uma universidade no bairro. A cabeleireira conta que cursava serviço social, mas teve que abandonar a faculdade por morar tão longe.

Moradora das Moreninhas há 20 anos, a copeira Rosimeire Gomes morais, de 44 anos copeira, também reclamou da desorganização.

Ela detalha que a filha que fez cadastro no mesmo dia que ela e mora na mesma casa não conseguiu votar porque o nome não estava na lista. “Tem muitos moradores que vão ficar sem votar por causa das irregularidades”, observa.

A comerciante Márcia Chaparro, de 39 anos, também enfrentou problemas na hora de votar. Ela diz que o nome aparecia na lista manual, mas não foi lançado no computador. “Sempre voto e é a primeira vez que tem esse tumulto”, afirma.

Para ela, o que o novo presidente terá de fazer com urgência é providenciar limpeza para o bairro, que segundo a moradora está muito sujo.

Votação - Moradores têm até as 17h de hoje para votar. A eleição que deveria ter começado às 8h atrasou em uma hora porque ‘não estava tudo pronto’. Voluntários organizam a votação e recebem apenas almoço para colaborar.

No local de votação, os integrantes das chapas acompanham o pleito e alguns deles reclamam da presença de moradores de outros bairros. Concorrem à presidência da associação de um dos maiores bairros da Capital Ladislau Oliveira Dias (chapa 1); Jeferson Borges (chapa 2); Raimundo Nonato (chapa 3); e Roberto da Silva Alcantud (chapa 4).

Questionado sobre as reclamações, o organizador José Gondim afirma que “toda eleição é desse jeito”, com briga, moradores de outros bairros tentando votar e pessoas que não se cadastraram reclamando da lista.

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