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Cidades

Em 10 dias, 2 motociclistas foram mortos por assaltantes

Redação | 21/12/2008 11:05

Em tempos de gasolina cara e prestações que cabem no bolso, a moto tem se tornado o sonho de muitos jovens que querem deixar de ser dependentes do transporte público. Mas a realização do sonho também traz insegurança.

Além do risco no trânsito, nas últimas semanas duas pessoas já morreram nas mãos de assaltantes que tentaram levar as motos. Quem vivencia a violência no dia-a-dia, orienta: a ação dos bandiddos é intensificada no final do ano, época em que o dinheiro circula mais, cuidado deve ser redobrado e qualquer reação pode ser fatal.

Na noite de sexta-feira, Márcio Duran de Albuquerque, 23 anos, foi morto durante tentativa de assalto ocorrida por volta das 22h, na Vila Olinda, em Campo Grande. O jovem foi atingido por um tiro nas costas.

Albuquerque estava em frente à residência da namorada, Renata Zandomenigh, quando foi surpreendido por dois assaltantes. Armado com revólver, um dos bandidos exigiu que ele entregasse a motocicleta que ocupava.

O jovem tentou correr para dentro da casa quando foi atingido pelo disparo. Os assaltantes fugiram sem levar a moto e o jovem morreu no local.

Outra tentativa de roubo semelhante levou a vida de Claudian Ferreira Rodrigues, de 22 anos. O crime aconteceu na madrugada do último dia 9 na Avenida Senador Filinto Müller, em frente ao Lago do Amor.

Claudian estava com a esposa à margem do Lago quando, por volta de 20h, um indivíduo os abordou, e, portando uma arma de fogo, anunciou o assalto. O bandido ordenou que Claudian entregasse a chave de sua motocicleta Honda CG Titan 150.

Depois de pegar a chave da motocicleta, o assaltante efetuou três disparos em direção a Claudian e saiu correndo do local sem levar o veículo. O rapaz, que era cabo do Exército, foi socorrido com vida para o Hospital Universitário, mas morreu logo após receber os primeiros atendimentos.

Além dos exemplos recentes citados a cima, há ainda a realidade dos que tiveram mais sorte, saíram vivos dos assaltos, mas que ainda têm de conviver com o medo e a insegurança no dia-a-dia da profissão.

A violência contra os motociclistas pode ser sentida diariamente pelos mototaxistas que trabalham em Campo Grande. Todos os dias eles têm notícias de colegas que foram assaltados, contam. Em um ponto de mototáxi na avenida Costa e Silva, oito dos quinze que trabalham lá, têm histórias de assaltos para contar.

Na lida - Roseli Ferreira Leite, 35 anos, dos quais 8 como mototaxista, conta suas "experiências" com os assaltantes.

Em 2003, por volta das 17h30, ela foi atender uma corrida, pegou a passageira e seguiu para o destino. Quando se aproximava do cruzamento da linha férrea, nas proximidades do Atacadão, dois homens, aproveitando-se da baixa velocidade com que vinha a moto, levantaram-se, sacaram as armas e tomaram a moto, o celular, o dinheiro e o capacete dela.

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