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Cidades

Em MS, 98% das mulheres presas têm envolvimento com tráfico de drogas

Aline dos Santos | 29/05/2013 07:25

Quase a totalidade das mulheres encarceradas em Mato Grosso do Sul foi parar atrás das grades devido ao tráfico de drogas, atuando como “mulas”.

O perfil foi apresentado ontem, em audiência pública no STF (Supremo Tribunal Federal), pelo diretor-presidente da Agepen (Agência Penitenciária de Mato Grosso do Sul), Deusdete Souza de Oliveira Filho.

De acordo com ele, 98% das presas se envolveram com tráfico e 65% delas são primárias, ou seja, não tinham antecedentes criminais. A população carcerária estadual chega a 15 mil presos, a maioria do sexo masculino e jovem, com idades entre 18 e 25 anos.

Eles se envolvem com tráfico ou cometem crimes para manter o vício, como roubo, furto, latrocínio e receptação. A estrutura prisional tem um déficit calculado em 5 mil vagas.

Segundo Deusdete Oliveira, esse perfil reflete diretamente a localização geográfica de Mato Grosso do Sul, que faz fronteira com Bolívia e Paraguai. A localização também contribui para o índice de presos federais, que chega a 800 no Estado.

No Supremo, durante a audiência com representantes do sistema carcerário, Mato Grosso do Sul se posicionou contra o pedido para que a falta de vagas no cumprimento de penas em regime semiaberto leve o Judiciário a permitir que condenados o cumpram em regime aberto.

“É preciso estruturar o regime semiaberto, antes de se falar em progressão de regime, uma vez que nem todo preso pode permanecer no mesmo ambiente e meio de vida que tinha”, afirma Deusdete de Oliveira.

Atualmente, segundo o diretor da Agepen, são 45 unidades de internação, das quais 25 voltadas para o regime prisional fechado, 17 para o semiaberto e três para o regime aberto, sendo uma delas em construção. Ele apresentou um vídeo sobre o Centro Penal Agroindustrial da Gameleira, com 600 internos. É oferecido emprego, estudo e tratamento para dependência química.

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