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Cidades

Em MS, só 29 têm ações contra uso do crack que já se alastrou pelo País

Angela Kempfer | 13/12/2010 18:00

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Pesquisa da Confederação dos Municípios mostra que em Mato Grosso do Sul só 29 municípios têm ações contra o uso de crack, droga que tem despertado alertas no País, pela uso cada vez mais frequente e o grau destrutivo.

Dos 58 municípios que aderiram ao levantamento, 50% responderam que desenvolvem ações de combate ao problema. Destes, 12 (20,9%) possuem o CAPS (Centro de Apoio Psicossocial), com um total de 92 profissionais de saúde atuando, e 5 Municípios também têm programas de combate a outras drogas.

Os centros oferecem atendimento à população e acompanhamento clínico de pessoas com transtornos mentais, entre eles usuários de drogas.

Mas apenas 4 já estão com os programas aprovados na Câmara de Vereadores. Segundo o estudo, a principais ações desenvolvidas são: a prevenção ao uso e consumo de drogas, a mobilização e orientação a população e o atendimento a familiares e amigos de dependentes.

A pesquisa também mostra falta de apoio as prefeituras, por parte dos governos. Só 4 prefeituras declararam que recebem apoio financeiro do governo federal, 2 do governo estadual.

Na lista dos municípios que desenvolvem medidas contra o crack estão Alcinópolis, Amambai, Anastácio, Angélica, Antônio João, Aparecida do Taboado, Batayporã, Bela Vista, Bonito, Brasilândia, Caarapó, Coronel Sapucaia, Corumbá, Costa Rica, Dois Irmãos do Buriti, Figueirão, Itaquiraí, Jateí, Juti, Laguna Carapã, Mundo Novo, Paranaíba, Ponta Porã, Ribas do Rio Pardo, Rio Brilhante, Rochedo, São Gabriel do Oeste, Sete Quedas e Tacuru.

Em todo Brasil, em relação ao Plano Nacional de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, apenas 3,39% (134) dos municípios que responderam a pesquisa, informou ter auxílio financeiro do governo federal.

Em Mato Grosso do Sul apenas 23 municípios têm mais de 20 mil habitantes e por isso podem ser atendidos pelo Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas.

Paulo Ziulkoski, presidente da CNM, critica a restrição no plano, lançado pelo governo federal em maio deste ano. "É um programa que não aconteceu, praticamente nenhum centavo chegou".

Não foram citados nomes da cidades, mas a CNM garante que no País, lo crack atinge 98% dos Municípios.

"Queremos conversar de forma efetiva com o governo federal para buscar uma solução eficaz, urgente, que integre a União, os Estados e os Municípios, além de mobilizar a sociedade civil. Isso precisa ser enfrentado imediatamente”, diz Paulo Ziulkoski.

A partir desta segunda-feira, Ziulkoski anunciou a criação de um observatório municipal para monitorar o uso e o consumo de crack nos Municípios. Ele também informou que a CNM irá procurar as autoridades federais, estaduais e o legislativo para apresentar os dados e discutir alternativas. A CNM também pretende reunir os Municípios de fronteira e propor ações integradas.

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