Embaixador defende ajuda humanitária a haitianos
O embaixador do Haiti no Brasil, Idalbert Pierre-Jean, disse nesta manhã ao Campo Grande Newsque a representação do País caribenho em Brasília não foi informada sobre a prisão de cidadãos daquele País tentando entrar ilegalmente no País, por Mato Grosso do Sul. Ele disse que buscaria informações junto à Polícia Federal, com vistas a pedir ao Brasil que não expulse os haitianos e conceda, a eles, a permissão de ficar no País.
"Como não são asilados políticos, o que podemos pedir é a ajuda humanitária", disse o embaixador. Ele afirma que voltar para o Haiti neste momento para os grupos presos aqui é muito difícil, dada a situação crítica de miséria após o terremoto que arrasou o País no dia 12 de janeiro.
Idalbert disse que a Embaixada desconhecia casos de haitianos vindos para o Brasil pela Bolívia. Segundo ele, o destino mais comum é a Guiana Francesa.
Os dois grupos pegos pela Polícia Rodoviária Federal e encaminhados à Polícia Federal estão viajando desde janeiro, fugindo da miséria do Haiti. O primeiro grupo, de 8 pessoas, foi pego ontem, em um hotel de Miranda, após ser denunciado pelo dono do estabelecimento.
O outro grupo, de 6 pessoas, foi descoberto hoje cedo, quando vinha para Campo Grande de táxi. A suspeita dos policiais é que os dois grupos se juntariam, para buscar um destino ainda desconhecido.
O primeiro grupo já recebeu prazo de três dias para deixar o País, além de ter recebido uma multa de R$ 163 por pessoa. Enquanto não deixam o País, foram abrigados no Cetremi (Centro do Triagem do Migrante), mantido pela Prefeitura de Campo Grande. O local também deverá receber os outros haitianos presos esta manhã, que também receberão prazo para deixar o País.
A expectativa do Embaixador é conseguir evitar a deportação, segundo afirmou ao Campo Grande News.