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Empregos

Eleição do sindicato das telecomunicações tem ameaças e denúncia de fraude

Liana Feitosa | 30/03/2015 10:50
Chapa 2 alega fraude nas eleições. (Foto: Divulgação / Arquivo Sinttel-MS)
Chapa 2 alega fraude nas eleições. (Foto: Divulgação / Arquivo Sinttel-MS)

Confusão domina as eleições do Sinttel/MS (Sindicato dos Trabalhadores em empresas de Telecomunicações de Mato Grosso do Sul), que acontece desde às 8h desta segunda-feira (30) e segue até às 18h. As duas chapas que estão na disputa trocam acusações e, inclusive, existem alegações de ameaça de morte.

"Fui ameaçada ontem por duas pessoas. O presidente da CUT (Central Única de Trabalhadores) de Minas Gerais foi ameaçado. Para outro colega foi mostrado revólver em ameaça e um colega publicitário, José Ribas, foi agredido fisicamente", afirma Andréia Cercarioli, assessora de imprensa da chapa 2, de oposição.

Representantes desse grupo garantem que membros da chapa 1, de situação, forjaram carteirinhas de sindicalista a não-membros e não deixam representantes da oposição entrarem no sindicato, que fica na Rua José Antônio, 1.682, centro da Capital.

Segundo Andréia, essa é a primeira vez em 20 anos que é criada chapa para concorrer com a atual presidência. "Eles nunca deixaram criar chapa para competir. Eles ameaçavam porque têm acordo com as empresas. Por isso, se tentássemos montar outra chapa, perderíamos o emprego", conta.

Outra versão - Segundo o presidente do Sinttel, Rafael Gonzales, não existe fraude. "Quando entraram (chapa 2) na briga, os próprios colegas dele não quiseram participar. Muitos falaram: 'mas o Rafael é meu amigo, ele me ajuda, não vou ficar contra ele'. Por isso, eles não tiveram gente para colocar de mesário na eleição. Então não tem fraude, mas é que ninguém quis ajudar eles", garante.

Prova de que não há fraude, segundo Gonzales, é a falta de apoio do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) e do MP (Ministério Público). "Eles entraram no TRT e a juíza disse que as eleições estão sendo limpas. Então foram no MP e disseram a mesma coisa que eles precisavam se organizar. Agora estão fazendo de tudo pra ninguém votar, estão desesperados", acusa o presidente, que dirige o sindicato desde o ano 2000.

Para a assessoria da chapa 2, o MP e o MPT (Ministério Público do Trabalho) não fazem nada. "Falaram que o procurador está viajando, ninguém faz nada. Eles (chapa 1) trouxeram 200 pessoas de São Paulo pra intimidar a gente, pra pressionar. Fomos na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) para registrar boletim de ocorrência, mas não queriam nos atender. Tivemos que levar três advogados lá para conseguir fazer os B.Os", assegura Andréia.

Ao todo, são 3.295 sindicalizados. A chapa 2 garante que tem apoio da maioria, informação da qual discorda membros da chapa que está na direção do sindicato.

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