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Fundação diz que concurso foi "sucesso" e culpa candidatos por tumulto

Bruno Chaves e Marta Ferreira | 26/05/2014 11:06
Candidatos não receberam provas e ficaram revoltados (Foto: Bruno Chaves)
Candidatos não receberam provas e ficaram revoltados (Foto: Bruno Chaves)

A Funcab (Fundação Professor Carlos Augusto Bittencourt), organizadora nacional do concurso para agentes administrativos da PRF (Polícia Rodoviária Federal), realizado ontem (25) em todo o Brasil, divulgou nota oficial à imprensa informando que as consequências geradas em função do tumulto registrado em Campo Grande estão sendo analisadas. A entidade, no texto, diz que não houve quebra da lisura do processo seletivo e afirma que foram os candidatos que provocaram tumulto. Para a fundação, aplicação das provas do concurso foi "um sucesso" em todo o território nacional e o certame transcorre normalmente.

Pelo menos 400 pessoas deixaram de fazer a prova no Colégio Dom Bosco porque os malotes com os exames não chegaram. “Uma situação pontual ocorreu na cidade de Campo Grande, porém, não houve, em momento algum, quebra da lisura e nenhum vício que coloque o certame em risco”, diz a nota publicada no site da fundação, que tem sede em Niterói (RJ).

Aos candidatos presentes no Bloco E do Colégio Dom Bosco, a nota diz “que o atraso no início das provas e as consequências geradas em função desse atraso estão sendo analisados e, o mais breve possível, a Funcab irá deliberar, em conjunto com os órgãos e as comissões competentes, e divulgará amplamente seu posicionamento à sociedade”.

Procurada pelo Campo Grande News, a assessoria de imprensa da fundação enviou e-mail dizendo que os candidatos são culpados pelo tumulto registrado em um dos 12 locais de provas em Campo Grande.

“Houve atraso de cerca de uma hora na chegada das provas ao local e, quando as mesmas seriam aplicadas, candidatos com objetivo de tumultuar se evadiram. O atraso seria acrescentado ao final do período. Se havia previsão de término às 18:40h, os candidatos jamais poderiam sair antes disso. A Funcab já está tomando as providências cabíveis e apurando as denúncias”, informa o e-mail.

Tensão– Muito tumulto, vaias e confusão marcaram a aplicação da prova do concurso da PRF no Colégio Dom Bosco, em Campo Grande. Quatro equipes da PM (Polícia Militar) foram acionadas para conter os ânimos no local na tarde de ontem.

Segundo os candidatos, cada fiscal de sala agiu de uma forma que bem entendesse. Alguns entregaram o gabarito e os outros uma declaração como forma de confirmar que a pessoa esteve presente no local.

Candidatos que não fizeram a prova objetiva prometem acionar o MPF (Ministério Público Federal) para que ela seja anulada. Os inscritos ainda afirmaram que não receberam nenhuma justificativa da coordenação do concurso.

“Primeiro comunicaram o atraso de 30 minutos, depois de uma hora. Depois falaram que os malotes vinham de taxi, depois de outros colégios, outra hora de que foram extraviadas”, contou, ontem, o empresário Altair da Silva Junior, 37 anos, que não conseguiu fazer a prova. A espera chegou a ultrapassar duas horas.

Em Mato Grosso do Sul 11.549 pessoas se inscreveram no concurso. Para o Estado, estão disponíveis 15 vagas, sendo três para deficientes.

Em Campo Grande, foram 12 escolas aplicando a prova. O único problema registrado aconteceu no bloco E do Colégio Dom Bosco.

O que a PRF diz? – Aproximadamente 400 pessoas deixaram de fazer a prova porque os malotes com os exames não chegaram ao local, informou o inspetor José Ramão Mariano, da Superintendência Regional da PRF em Mato Grosso do Sul.

Por causa disso, a PRF local elaborou relatório que expõe a situação do evento ocorrido no domingo e os problemas detectados no Colégio Dom Bosco. O documento foi encaminhado ao departamento, em Brasília (DF), momentos depois do fim do certame.

A reportagem também procurou a assessoria de imprensa do Departamento da PRF, em Brasília, e aguarda um posicionamento oficial.

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