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Empregos

Greve no IBGE tem demissões de temporários e pesquisas em atraso

Luciana Brazil | 10/07/2014 16:38

Com a greve dos servidores do IBGE (Instituto Nacional de Geografia e Estatística) a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) está com a coleta de dados atrasada em Mato Grosso do Sul e em outros quatro estados – Alagoas, Rio Grande do Norte, Amapá e Paraíba. Por causa da paralisação, mais de 20 funcionários temporários já foram demitidos no Estado, já que a entidade não reconheceu o direito de greve. Na última terça-feira (8), representantes dos sindicatos se reuniram com a direção nacional do instituto para tentar uma negociação, mas não houve avanço.

Agora, além das melhores condições de trabalho e a transformação da carreira em ciclo de gestão, os grevistas exigem que os funcionários temporários sejam recontratados. "Nós vamos recorrer ao MPT (Ministério do Trabalho) ao MPE (Ministério Público Estadual) para que estes funcionários sejam readmitidos", disse Wilson. Ele ainda garante que as pesquisas estão sendo prejudicadas.

Há mais de um mês, além dos concursados e contratados, funcionários temporários, responsáveis pelo trabalho a campo, também cruzaram os braços. Com isso, todas as pesquisas desenvolvidas pelo instituto ficaram comprometidas. Sindicalistas estiveram em Brasília, no início da semana, para forçar uma negociação com o Ministério do Planejamento, mas o impasse continuou.

Das 11 agências no Estado, sete estão totalmente paradas. Pelo menos 80% dos funcionários em Mato Grosso do Sul aderiram à greve.

Os servidores alegam que o órgão não tem condições de executar seu plano de trabalho por falta de orçamento e pessoal, e por isso há anos o IBGE vem contratando funcionários temporários. “Esse pessoal temporário é explorado, ganha pouco mais de um salário mínimo e executam a mesma tarefa que um servidor”, denunciou o presidente do Sindicato do Servidores de Mato Grosso do Sul, Wilson Blini.

Conforme o jornal Valor Econômico, Cimar Azeredo, coordenador de trabalho e rendimento do instituto, a Pnad Contínua referente ao segundo trimestre precisa estar concluída até o fim deste mês ou na primeira semana de agosto. Se a paralisação persistir, a pesquisa será publicada sem dados de algumas regiões.

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