ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  23    CAMPO GRANDE 21º

Empregos

Juiz proíbe teste de flexão para mulheres em concurso da Polícia Civil

Aline dos Santos | 14/03/2014 09:33
Segundo defensor Guilherme Cambraia, teste não foi exigido em 2008. (Foto: Defensoria Pública)
Segundo defensor Guilherme Cambraia, teste não foi exigido em 2008. (Foto: Defensoria Pública)

A Justiça proibiu o teste de flexão para as mulheres inscritas em concurso da Polícia Civil. A avaliação física será realizada na quinta etapa do processo seletivo. O concurso é para provimento dos cargos de perito oficial forense (perito criminal), agente de polícia judiciária (escrivão e investigador) e perito papiloscopista.

Autor da decisão, o juiz da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, Amaury da Silva Kuklinski, vetou o teste, que poderá ser substituído por outro exercício. A próxima etapa, marcada para abril, será a avaliação médico-odontológica. Para esta fase, estão aptas 350 candidatas. Em seguida, será agendada a avaliação física.

O pedido de liminar foi apresentado pela Defensoria Pública, que recebeu reclamação das candidatas. O edital prevê que mulheres deveriam concluir um único teste, que corresponde a segurar na barra e elevar o corpo até que o maxilar a ultrapasse. Já os homens deverão fazer duas repetições.

"As atividades de Perito Criminal, Escrivão de Polícia Judiciária, Investigador de Polícia Judiciária e Perito Papiloscopista não exigem, na prática, capacidade muscular que deva ser aferida com a aplicação do teste de flexão na barra fixa", diz o defensor Guilherme Cambraia.

Por meio da assessoria de imprensa da Defensoria, ele também destacou que em concurso público de provas e títulos realizado anteriormente para provimento dos mesmos cargos, no ano de 2008, o teste não foi exigido.

Na ação, o defensor apresentou dados de que “as mulheres são na média 30% menos forte” em comparação aos homens. Na parte superior do corpo, elas têm 55,8% da força de pessoas do sexo masculino.

Nos siga no Google Notícias