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Cidades

Empresa de engenharia da Capital faria parte de fraude milionária em SP

Guilherme Henri e Adriano Fernandes | 01/09/2016 19:28
Quíron Serviços de Engenharia é um das empresas investigadas (Foto: Alcides Neto)
Quíron Serviços de Engenharia é um das empresas investigadas (Foto: Alcides Neto)

A empresa Quíron Serviços de Engenharia, com sede no bairro Monte Castelo, em Campo Grande, é um dos alvos da Operação Sevandija, desencadeada no interior de São Paulo pela Polícia Federal e Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) paulista. Policiais estiveram nesta quinta-feira (1) cumprindo mandado de busca e apreensão no local.

O Campo Grande News esteve na sede da empresa durante a tarde. A reportagem foi atendida apenas pelo interfone da entrada, sendo informada de que ninguém da diretoria estava no local e nenhum funcionário daria entrevista.

Há informações de que ao menos um dos diretores estaria viajando no estado de São Paulo. Mas, não há, por parte das autoridades envolvidas, confirmação de que ele seria um dos que foram levados para depor sobre as investigações.

A empresa é suspeita de estar envolvida em suposto esquema de fraude em licitações que teria desviado R$ 203 milhões dos cofres públicos, em Ribeirão Preto (SP) que é apurado pela Operação Sevandija. Em decorrência das investigações, nesta sexta nove vereadores foram levados para depor, por meio da chamada condução coercitiva, e tiveram os mandados suspensos.

A informação sobre a movimentação policial na empresa em Campo Grande foi passada por vizinhos, que preferiram ter sua identidade preservada. Segundo eles, viaturas da Polícia Federal estiveram no local antes das 9h, porém não souberam precisar se alguém foi preso.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão na Câmara de Ribeirão Preto (Foto: Reprodução/EPTV)
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão na Câmara de Ribeirão Preto (Foto: Reprodução/EPTV)

Por meio do celular, a reportagem tentou contato com responsáveis da empresa. Em um dos números as ligações não foram atendidas, enquanto em outro quem atendeu desligou a chamada assim que repórter se identificou.

Conforme o G1 de Ribeirão Preto, o delegado de Polícia Federal Flávio Vietez Reis explicou que foram apreendidos documentos que apontam que notas fiscais emitidas pela empresa da Capital e por empresas de Ribeirão Preto não condiziam com serviços supostamente realizados pelo Daerp (Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto).

Operação – A Operação "Sevandija" é desdobramento de investigação do Ministério Público Estadual de São Paulo iniciada em julho de 2015. O nome da operação quer dizer "pessoa que vive à custa alheia".

Os desvios milionários, conforme as apurações, aconteciam por meio de fraudes em licitações, contratos e pagamentos. O esquema envolveria servidores públicos e empresas privadas do município do interior de SP e de MS.

Foram cumpridos simultaneamente 13 mandados de prisão temporária e 17 mandados de condução coercitiva - que é quando a pessoa é obrigada a comparecer frente a uma autoridade policial e 48 mandados de busca e apreensão.

Entre os presos estão o secretário de Educação de Ribeirão Preto, Ângelo Invernizzi Lopes, e o superintendente do Daerp, Marco Antônio dos Santos. Já nos mandados de condução estão nove vereadores, mas a relação dos 17 conduzidos não havia sido informada pelas autoridades paulistas até o fechamento deste texto.

Durante as buscas, foram encontrados e apreendidos valores que somam R$ 320 mil, incluindo dólares e euros, além de 12 veículos de luxo. Em um único endereço foram encontrados e apreendidos R$ 160 mil em dinheiro.

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