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Cidades

Empresas doam carro para combater violência no Nova Lima

Redação | 10/08/2009 15:49

Representantes das empresas que formam o pólo empresarial da região norte de Campo Grande, que abrange o bairro Nova Lima, se reuniram nesta tarde com a PM (Polícia Militar) para discutir novas medidas de combate à criminalidade em uma das áreas mais violentas da Capital.

Somente ontem (9), foram registrados dois assassinatos no Nova Lima. Em um dos casos, uma mulher foi encontrada morta em um terreno baldio, depois de ser estrangulada e estuprada. Outra vítima foi um rapaz de 20 anos, assassinado depois de briga em baile.

De acordo com o gerente executivo do pólo, Valmir Meneguzzo, de 42 anos, apesar de homicídios ainda não terem sido registrados nas fábricas, empresários da região já sofrem com a falta de segurança na área, verificada nos furtos e assaltos que têm sido cada vez mais constantes.

Ele justifica ainda que algumas empresas funcionam nos três turnos e a maior parte dos trabalhadores das confecções são mulheres. "Quando essas mulheres saem daqui à meia-noite é um problema, porque essa área é muito isolada", explica.

Por conta disso, os empresários decidiram se reunir com a PM para pedir reforços no policiamento da área. Nesta tarde, participaram da reunião representantes das empresas, da Polícia e do Conselho Comunitário do bairro.

Na ocasião, a Polícia ficou de apresentar o planejamento de segurança para a região do Nova Lima pelos próximos seis meses.

Além das reuniões que deverão ser realizadas com os empresários e a PM uma vez por mês, explica o presidente do Conselho Comunitário, José Geraldo Jara, o grupo fará ainda encontros itinerantes nos bairros, para envolver a população nas questões de segurança publica.

Parceria - Mais que pedir ajuda à Polícia, os empresários da pólo se organizaram para diminuir a violência na região. Há cerca de um mês, o veículo Gol da empresa Eco-Máquinas tem sido utilizado na 'Segurança Participativa' da região.

"Além de pagar o imposto, a gente pode ajudar no trabalho social", diz o empresário Luclélio Festa, diretor-presidente da empresa.

Ele faz parte do Conselho de Segurança Comunitária da região, e junto com outros empresários tem buscado formas de contribuir com a segurança da comunidade.

Para o representante dos moradores, José Geraldo Jara, essa parceria é indispensável.

Segundo ele, os assassinatos do final de semana são casos isolados, e os maiores problemas do bairro estão relacionados a furtos provocados em conseqüência do vício em drogas.

Na maior parte dos casos, garante, os envolvidos são adolescentes.

Mas, isso ocorre por falta de projetos sociais, incentivo e até de infra-estrutura na região, diz. "Eles não têm nada pra fazer", reclama o representante.

Jara afirma que, em um ano, eles deverão implantar um trabalho onde os adolescentes do bairro recebam capacitação e sejam incluídos no mercado de trabalho do próprio pólo empresarial norte.

Entretanto, enquanto isso ainda não é colocado em prática, ele pede que haja soluções até em infra-estrutura para a região. Isso porque, segundo o representante, a grande quantidade de terrenos baldios e a falta de iluminação contribuem para elevar os índices de violência.

Filosofia - O envolvimento dos empresários e da comunidade com as questões de segurança do bairro fazem parte da nova filosofia implantada pela PM em todo o Estado, explica o tenente-coronel Carlos Santana, coordenador estadual da Polícia Comunitária.

Nessa nova forma de atuação da Polícia estão incluídas, por exemplo, as rondas do policiamento escolar, já em prática na periferia da cidade.

De acordo com esse trabalho, que dá atenção específica para ações preventivas, é imprescindível o envolvimento de todos os segmentos sociais para garantir a segurança da comunidade e a atuação mais eficiente da Polícia.

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