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Cidades

Enfrentando protestos, prefeituras se negam a negociar

Redação | 22/04/2010 15:20

Cerca de 70 servidores públicos municipais de Miranda, a 205 quilômetros de Campo Grande, realizaram hoje pela manhã um protesto para reivindicar melhores salários para toda a categoria. O movimento foi organizado pelo Sitpremi (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Miranda).

Os servidores pedem aumento de 23% a partir deste mês e fixação do pagamento até o 5° dia útil. De acordo com o sindicato, a maior parte dos servidores recebe o salário base de R$ 415, abaixo do salário mínimo, que é de R$ 510.

Em resposta às reivindicações, o prefeito Neder Vedovato afirmou que está adiando a conversa com o sindicato por conta das atitudes "truculentas" dos filiados. "Preferi ir à rádio e explicar a situação da prefeitura. Temos cerca de 1.000 servidores na prefeitura e demitir é a última opção. Mas o caixa não tem tido reação e não tenho como atender a reivindicação neste momento".

Neder justifica que Miranda sofre pela falta de vagas de trabalho e que a prefeitura acaba funcionando como uma melhor opção para os trabalhadores. Segundo o prefeito, a arrecadação tem se mantido nos índices de 2009, sem incremento que viabilize reajustes salariais.

O presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), Beto Pereira, ratifica a situação de Miranda e diz que o caso se repete em outras cidades do interior do Estado.

"Os índices do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) não tiveram reação no primeiro trimestre. O FPM teve alta de 2% e o ICMS caiu 2% na maioria das cidades. O que já estava ruim no ano passado não acompanhou o aumento das demandas e manteve a situação complicada", analisa o presidente da Assomasul.

Sobre as negociações dos servidores com a administração municipal, Beto disse que cada município tem abertura para conversar com os servidores. "Mas os prefeitos preferem não assumir compromissos de grande vulto por conta da incerteza na arrecadação", complementa.

O protesto em Miranda não afetou os serviços (saúde, educação, atendimento) na administração municipal, segundo o prefeito Neder Vedovato.

Dourados

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