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Cidades

Associação quer medida contundente após descoberta de plano contra juízes

Jorge Almoas | 05/02/2011 10:35

Por conta da descoberta feita ontem do plano de assassinato contra magistrados federais arquitetado pelo bombeiro militar Ales Marques, que está no Presídio Militar em Campo Grande, a Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) solicitou uma ação contundente e imediata para resguardar os magistrados ameaçados em Mato Grosso do Sul.

Gabriel Wedy, presidente da Ajufe, pediu que as audiências com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e com o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello Coimbra, sejam antecipadas.

Ales Marques está preso por supostamente liderar uma quadrilha de traficantes internacionais de drogas. Ele teria arquitetado um plano para eliminar juízes federais que têm julgado seus processos. Um dos possíveis alvos seria uma juíza de Ponta Porã.

Ontem, o MPF/MS (Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul) solicitou que Ales Marques seja transferido do Presídio Militar para uma unidade federal de segurança máxima, preferencialmente fora do Estado. O Campo Grande News apurou que não houve decisão a respeito e ele continua na Presídio Militar.

Como medidas protetivas, o MPF solicitou à Polícia Federal que resguarde a integridade dos magistrados ameaçados. Detido no Presídio Militar desde julho do ano passado, Ales Marques continua utilizando celulares livremente, aponta o Ministério Público.

No dia 14 de janeiro, Ales Marques teria saído da prisão em uma viatura da Polícia Militar. Acompanhado por um capitão e outros dois PMs, o bombeiro estava sem algemas ou qualquer identificação de sua prisão. A saída seria uma “diligência” a uma chácara de posse alheia.

A Polícia Federal obteve vídeos que comprovam o fato. Houve ainda coleta de dados sobre o plano de assassinar magistrados e um esquema de corrupção onde participa a chefia da escolta de detentos do Presídio Militar de Campo Grande.

Ales Marques foi preso em julho de 2010 por comandar esquema de tráfico internacional de drogas para abastecer os mercados consumidores de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.

Na prisão do bombeiro militar, foram apreendidos quase 80 quilos de cocaína. A droga entrava pela fronteira seca entre Pedro Juan Caballero e Ponta Porã, e seguia de carro para outros destinos.

O bombeiro também é acusado de ser o mandante do assassinato de um Polícia Civil em 2005. Alberico Moreira Cavalcanti estava investigando o tráfico comandado por Ales Marques e foi morto em agosto de 2005.

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