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Cidades

Equipe da Capital atuou no transporte de paciente com suspeita de ebola

Michel Faustino | 12/11/2015 18:00
Avião SC-105 Amazonas do Esquadrão Pelicano recebeu preparação especial para fazer o transporte do paciente. (Foto:Divulgação/FAB)
Avião SC-105 Amazonas do Esquadrão Pelicano recebeu preparação especial para fazer o transporte do paciente. (Foto:Divulgação/FAB)

Uma equipe da Base Aérea de Campo Grande atuou na transferência de um paciente, de 46 anos, com suspeita de ebola de Belo Horizonte (MG) para a cidade do Rio de Janeiro. A tripulação do Esquadrão Pelicano, especializado em missões de busca e salvamento, seguiu até a Brasília na tarde de ontem (11) de onde decolou o avião SC-105 Amazonas, que recebeu uma preparação especial para fazer o transporte do paciente.

Uma equipe de saúde do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) do Distrito Federal e os militares da FAB, capacitados para lidarem com o transporte de pessoas com doenças infecciosas, prepararam a aeronave que possui uma configuração especial para evacuação aeromédica.

Em casos de transporte de pacientes suspeitos de ebola, a aeronave militar é dividida internamente em três zonas: quente, morna e fria, por meio de cortinas específicas.
Em casos de transporte de pacientes suspeitos de ebola, a aeronave militar é dividida internamente em três zonas: quente, morna e fria, por meio de cortinas específicas.

A zona quente, ou crítica, é onde o paciente é transportado. Todos os profissionais que ficam nessa área devem usar os devidos equipamentos de proteção e o paciente é acomodado em uma maca de isolamento portátil. Um tripulante do Esquadrão Pelicano, da especialidade de enfermagem e formado no Curso de Capacitação de Defesa Biológica, Química, Radiológica e Nuclear (DBQRN), faz a coordenação entre a equipe médica e a tripulação por meio da fonia da aeronave, além de gerenciar questões de logística e segurança de voo no local. O curso de DBQRN é promovido pelo Instituto de Medicina Aeroespacial (IMAE), da FAB.

Já a zona morna serve para armazenar equipamentos e materiais para atender ao paciente. Além disso, serve de área de preparação para os profissionais que necessitem ter algum tipo de contato com quem está na zona quente.
A zona fria é considerada livre de contaminação e abriga os pilotos, mecânicos e demais especialistas que necessitem estar no voo, de acordo com a necessidade de cada caso

Caso - O paciente foi internado na terça- feira (10/11) na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Pampulha com suspeita de infecção de ebola. O homem, que é brasileiro e tem 46 anos, estava em Guiné, na África, e começou a sentir sintomas da doença dois dias depois de retornar ao Brasil. Imediatamente após a identificação da suspeita, o paciente foi isolado na unidade e teve início a adoção do protocolo nacional estabelecido para casos suspeitos de ebola. Ele será levado para o INI/Fiocruz (Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas), no Rio de Janeiro, referência nacional para casos de ebola, segundo o Ministério da Saúde.

O vídeo mostra detalhes da preparação da aeronave.

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