ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  23    CAMPO GRANDE 22º

Cidades

Erosão e enxurrada ameaçam obra no macro-anel rodoviário

Redação | 02/01/2010 12:25

Depois de abrir uma cratera na rodovia em janeiro de 2007 e ter obrigado a saída de moradores do Taquaral Bosque em março do ano passado, o processo de erosão ameaça agora as obras do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte) no macroanel, na saída para Cuiabá.

No local, é visível que as obras de contenção da enxurrada foram realizadas somente às margens da rodovia, contudo, sem projeto de correção do solo, a voçoroca se alastra e já abre buracos ao lado da barragem de pedra e gabião feita para diminuir a velocidade da água do Córrego Desbarrancado.

O solo arenoso também já cedeu em diversos pontos próximos à obra. Desta forma, o trecho da rodovia permanece sob risco, pois se não houver trabalho preventivo, uma enxurrada mais forte pode resultar em desabamento. Como ocorreu na rua Ceará, em Campo Grande, no último domingo.

Além de ameaçar o macroanel, que faz a ligação entre as rodovias 163 e 262, as principais do Estado, a cratera, que só faz avançar, virou lixão e fonte constante de problemas para moradores.

A cerca de 100 metros da rodovia, as paredes de pedras que auxiliam na contenção da água da chuva, ocultam uma lâmina de água onde bóiam uma diversidade de lixo, como garrafas pet e pneus.

A enxurrada desce dos bairros e arrasta o lixo jogado na rua, que fica represado e se transforma em mais um criador para o mosquito da dengue. "Na real, todo mundo joga lixo perto da cratera, tanto os moradores, quanto gente de fora", afirma Michele Coenga Gonçalves, de 21 anos.

Segundo ela, a força da água transforma a rua em córrego, desta maneira, toda a sujeira é levada para a cratera. "Fomos largados em meio ao lixo e ao mato", reclama a moradora do residencial Sebatião Vieira D'avila, inaugurado em agosto do ano passado.

A erosão também é perceptível na rua Travessa do Embu. "Em novembro, fizeram as marcações para fazer asfalto e nivelaram, mas veio a chuva e estragou tudo", conta Michele, ao mostrar a rua de terra esburacada.

O pedreiro João Oliveira, de 49 anos, enfatiza que vê com pesar o aumento da cratera, sempre mais próxima de sua casa. "O nosso dinheiro só vai água abaixo", reclama João, enquanto sonha em conseguir a tão esperada casa da Emha (Agência Municipal de Habitação).

Na margem esquerda do córrego, no sentido para Cuiabá, a erosão também deixa suas marcas: uma pequena cerca com tocos de madeira foi feita para fazer a contenção no barranco.

Prefeitura

Nos siga no Google Notícias