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Cidades

Escoltados pela PF, técnicos do Incra voltam a distrito

Redação | 24/07/2009 09:42

Técnicos do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) retomaram ontem a vistoria no distrito de Picadinha, em Dourados, onde 15 famílias remanescentes de quilombolas (descentes de escravos) reivindicam a demarcação de uma área de 3.748 hectares.

Na quarta-feira, mesmo com ordem da Justiça Federal autorizando o trabalho, moradores do distrito e produtores rurais protestaram contra a presença da equipe no local por não aceitarem a demarcação das terras.

Intimidados, os técnicos deixaram o local juntamente com as três equipe da Polícia Federal que faziam a segurança dos funcionários do Incra.

No dia 12 de maio, os técnicos já tinham sido expulsos do local pelos moradores, que exigiram a apresentação de uma ordem judicial para permitir os trabalhos.

Na quarta-feira a equipe voltou ao distrito de Picadinha com a ordem assinada pelo juiz Massimo Palazzolo, da 1ª Vara Federal de Dourados, mas não conseguiu fazer o trabalho.

Segundo a assessoria de imprensa da Superintendência do Incra em Mato Grosso do Sul, ontem os técnicos voltaram ao distrito com reforço da Polícia Federal e retomaram a vistoria. Apesar do frio intenso na região de Dourados, a equipe deve permanecer em Picadinha até domingo, quando deve concluir os trabalhos. A assessoria informou que a equipe não relatou novos incidentes com os moradores.

As vistorias no distrito de Picadinha, que podem ampliar a área de 40 hectares ocupada atualmente pelos descendentes de Desidério Felipe de Oliveira, fazem parte do levantamento de 12 áreas quilombolas que estão em processo de titulação em Mato Grosso do Sul.

As outras áreas são Família Bispo em Sonora, Família Quintino em Pedro Gomes, Chácara Buriti em Campo Grande, Colônia São Miguel em Maracaju, Família Jarci em Rio Brilhante, Família Cardoso em Nioaque, Araújo e Ribeiro em Nioaque, Furnas do Baiano em Aquidauana, Furnas do Dionísio em Jaraguari, Furnas de Boa Sorte em Corguinho e comunidade Tia Eva, em Campo Grande.

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