Esquadrão da FAB em MS envia ajuda para a Bolívia
Vai sair da Base Aérea de Mato Grosso do Sul parte da ajuda que o governo brasileiro ofereceu à Bolívia, país vizinho ao Estado que está sendo castigado pelas chuvas. As enchentes já mataram 32 bolivianos e há muitos desaparecidos, segundo a imprensa local vem informando.
Neste sábado, o Ministério da Defesa divulgou o envio de equipes do Exército e da FAB ( Força Aérea Brasileira) para dar apoio aos bolivianos. Serão enviados três helicópteros e um avião. Um dos helicópteros parte neste domingo pela manhã do Esquadrão Pelicano, grupo da FAB especializado em missões de salvamento sediado em Campo Grande. Segundo o chefe de comunicação da Base Aérea local, tenente Luiz Pacheco, serão quatro militares na aeronave, com treinamento para salvar pessoas.
Eles devem ajudar no resgate das vítimas das enchentes e também no envio de mantimentos e outros tipos de ajuda aos bolivianos. Não há previsão de quanto tempo a equipe vai ficar no país vizinho. No ano passado, o Esquadrão Pelicano já realizou missão parecida, pelo mesmo motivo.
Ajuda dos vizinhos - Além do Brasil, Chile e Venezuela prometeram ajuda para atenuar os efeitos das enchentes na Bolívia. As chuvas estão castigando o País desde novembro do ano passado e são atribuídas ao fenômeno climático \"La Nina\".
Na sexta-feira à noite, a enchente em La Paz arrastou um veículo no qual, segundo os relatórios preliminares da Polícia, viajava um cidadão italiano identificado como Morris Bertozzi, que permanece desaparecido. Em Cochabamba, o transbordamento de um rio arrastou três crianças, que até agora não foram localizadas.
O presidente Evo Morales decretou estado de emergência e aprovou esta semana um decreto para destinar cerca de US$ 10 milhões para auxiliar os desabrigados. A Defesa Civil já distribuiu quase 450 toneladas de alimentos entre as famílias desabrigadas em todo o país. As previsões continuam indicando chuvas fortes.
No ano passado, entre os meses de janeiro e março de 2007, o fenômeno \"El Nino\" deixou 56 mortos, oito desaparecidos e 600 mil desabrigados na Bolívia. Os prejuízos econômicos chegaram a US$ 443,3 milhões - 4% do PIB (Produto Interno Bruto (PIB) do país, segundo relatórios da ONU (Organização das Nações Unidas).
(Com informações das agências nacionais de notícias)