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Cidades

Estudante de Direito assume o papel da polícia e localiza celular furtado

Anny Malagolini | 06/10/2011 16:53

Universitária estava em evento no Estádio Morenão, em Campo Grande, quando deu falta de sua bolsa. Iniciava aí uma verdadeira odisséia para recuperar o celular

Frustrada após uma longa jornada em busca de atendimento policial, a estudante de Direito Talita Andrade, 24 anos, conseguiu com ajuda de amigos localizar o celular que havia sido furtado em uma festa. “Eu avisei que meu celular tinha GPS e que era só colocar o find my iphone que achava na hora e ninguém se interessou”, conta.

A universitária estava com amigas em um evento de música eletrônica que era realizado no Estádio Morenão, em Campo Grande, no último sábado (1°). Por volta das 7h, Talita deu falta de sua bolsa, que continha R$ 200, um celular (Iphone), e maquiagens, entre outros pertences.

Ela conversou com seguranças do evento, que disseram ter chamado a Policia. A jovem esperou por uma hora, mas nenhum policial apareceu. Ela então decidiu ir a uma delegacia para registrar ocorrência de furto.

A estudante foi ao Cepol (Centro de Polícia Especializada), mas estava fechado; depois à Depac-Centro (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário, mas, segundo ela, os policiais de plantão logo avisaram que este tipo de ocorrência não é especialidade deles e a encaminharam para a Depac do bairro Piratininga.

Talita ficou aguardando atendimento até às 11 horas e depois de tanta espera avisou aos policiais que o celular dela tinha GPS, e por seria fácil localizar a pessoa que furtou, mas de acordo com a estudante, ninguém se interessou e até mesmo recomendaram que ela fosse embora para casa, pois domingo eles não investigavam este tipo de delito.

“Falaram que domingo não investigavam essas coisas, só homicídios.” Talita acatou as recomendações dos policias e foi para sua residência. Começava então uma verdadeira odisséia em busca do ladrão que havia furtado sua bolsa.

Pelo GPS Talita localizou seu aparelho celular no bairro Nova Lima e ligou para o 190. Os atendentes avisaram que uma viatura iria se deslocar até sua residência, mas passaram-se horas e nada aconteceu. Ao ligar na Defurv (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) a resposta foi “Estamos em horário de almoço”.

Ao chegar em casa, alguns policiais amigos da família decidiram ajudá-la e a orientou para que ligasse para seu celular para marcar um encontro com o quem furtou o aparelho.

Segundo a estudante, quem atendeu a ligação foi um jovem de 19 anos, que disse que só devolveria o celular se recebesse alguma quantia em dinheiro. Ela aceitou, e marcou um encontro com o rapaz na avenida Ceará.

Na terça-feira (4), Talita foi escoltada por policiais a paisana até o local combinado e ao chegar no endereço o rapaz se deparou com a polícia.

Segundo o rapaz, ele não furtou o aparelho. Disse que estava na festa fazendo a segurança do local e em uma ronda acabou encontrado o celular de Talita. Ele também conta que a estudante Talita ofereceu R$ 200 como recompensa, mas diz não ter pedido nada à estudante e que de qualquer forma iria entregar, pois o aparelho não era seu. Talita e Willington foram encaminhados à delegacia e ainda vão prestar depoimento.

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