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Cidades

Estudantes premiados em feira vão para os Estados Unidos representar MS

Luciana Brazil | 22/03/2014 16:02
Grupo retorna a Campo Grande com bagagem para o mercado de trabalho. (Fotos:Luciana Brazil)
Grupo retorna a Campo Grande com bagagem para o mercado de trabalho. (Fotos:Luciana Brazil)
Lucas, Eduardo e Pedro mostram a plataforma agrometeorológica que ajuda o agricultor.
Lucas, Eduardo e Pedro mostram a plataforma agrometeorológica que ajuda o agricultor.

Ao todo, 15 projetos de Mato Grosso do Sul foram premiados durante a última Febrace (Feira Brasileira de Ciência e Tecnologia), realizada na USP (Universidade de São Paulo), entre os dias 18 e 20 de março.Três deles vão representar o Estado na Intel ISEF (Feira Internacional de Ciências e Engenharia) que acontecerá em Los Angeles, Estados Unidos.

Entre os três trabalhos do Estado que serão apresentados na Feira Internacional de Los Angeles está o do estudante Gabriel Thiago Galdino, que pela segunda vez consecutiva é premiado na Febrace. Outras duas alunas de Coxim levarão o nome de Mato Grosso do Sul para a Feira Internacional.

A delegação de Mato Grosso do Sul foi destaque na Feira, uma das maiores feiras do país de incentivo à inovação e criatividade de estudantes do ensino fundamental, médio e técnico.

Neste ano, estavam inscritos 331 projetos, com a participação de trabalhos internacionais.

Conforme o professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e coordenador da Fetec (Feira de Tecnologias, Engenharias, e Ciências de Mato Grosso do Sul), Ivo Leite Filho, o resultado incentiva a pesquisa no Estado.

“Este número de projetos premiados é muito significativo. Nós estamos entre os 18 trabalhos do país que irão para os Estados Unidos. Isso demonstra uma qualidade imensa”, ressaltou. Segundo Ivo, em 2013 cinco projetos foram premiados na Febrace.

Os estudantes, a maioria alunos do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), chegaram a Campo Grande na tarde de hoje (22), depois de participar da Febrace em São Paulo.

O pró-reitor de Pesquisa e Inovação do Instituto Federal (IFMS), Luiz Simão Staszcak, afirmou que a premiação reflete a qualidade do ensino e a dedicação do Instituto.

“Temos (IFMS) mais de 2.200 alunos em sete municípios do Estado. Esses alunos vão levar esse conhecimento para o ensino superior”.

Entre os 15 projetos premiados, estão alunos da Capital e do interior, como Aquidauana, Corumbá, Nova Andradina, Coxim e Ponta Porã. Todos os projetos foram apresentados também na III Fetec que aconteceu em outubro do ano passado.

Premiados- Ainda bem jovens, os estudantes trouxeram na bagagem muito mais que premiação. Os resultados representam a qualidade dos trabalhos e das pesquisas, além de traçar caminho para o mercado de trabalho.

O projeto de Utilização de Onda Eletromagnética para Repelência do Caruncho do Bambu ficou em quarto lugar entre 40 trabalhos apresentados na Feira Brasileira. Os estudantes Bruno Aristimunha, 17, Thalita Hellen Nunes Lima, 16, e Matheus Segatto, 16 anos, pesquisaram durante oito meses uma forma de eliminar a praga do bambu.

“A iniciação científica muda a perspectiva do estudante”, disse Bruno.

Thalita ressaltou que colocar a “mão na massa” fez toda diferença. “Eu acreditava no projeto. Colocamos a mão na massa, pesquisamos tudo, fizemos tudo”, disse. “O orientador era apenas para tirar dúvidas”, completou.

“A feira proporciona mostrar os resultados. Hoje os jovens conseguem modificar o futuro”, lembrou Matheus.

Em outro projeto promissor, estudantes apresentaram uma Mini Plataforma Livre de Coleta de Dados Agrometeorológicos. Além do certificado da Sociedade Americana de Meteorologia, o projeto será publicado internacionalmente.

“A plataforma capta dados importantes que vão auxiliar o agricultor. É uma administração de baixo custo”, explicaram os colegas Eduardo Campos, 17 anos, e Pedro Rocha, 16. Acompanhados do amigo Lucas Moraes, 16 anos, os estudantes também trabalharam oito meses no projeto.

Além da plataforma, que alcança um raio de 800 metros, os alunos criaram um aplicativo para celular, de onde o agricultor poderá acompanhar as informações como temperatura, umidade do ar luminosidade e se está chovendo na plantação.

O orientador dos estudantes, o professor do IFMS, Jiyan Yari, fez questão de lembrar que a oportunidade de ter um trabalho publicado internacionalmente é mérito que nem mesmo os mestrandos conseguem facilmente.

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