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Cidades

Ex-dono da "casa-cassino" mantém sigilo sobre comprador

Redação | 31/03/2010 12:31

O proprietário da casa onde funcionava o cassino fechado pela Polícia Civil na segunda-feira, Cícero Ferro, pretende revelar os nomes de quem comprou a casa somente após depor à Polícia. O produtor rural diz que vendeu a casa em 2003, mas não realizou a transferência para o nome do comprador.

O advogado de Cícero, Adonis Camilo Froener, disse que o primeiro comprador da casa não transferiu a escritura, logo após a compra, por ser amigo de seu cliente.

Quando a venda foi realizada ainda não havia a penhora. A execução aconteceu um ano após o negócio. "Quando o comprador resolveu colocar a casa no nome dele, descobriu que havia a penhora, que impede a transferência", explicou o advogado.

O motivo da penhora foi uma dívida da empresa que a esposa de Cícero era sócia.

Froener disse ainda, que Cícero não pagou a dívida por falta de dinheiro. Mesmo com a situação irregular, a casa foi vendida duas vezes: "O Cícero tentou diminuir o valor da dívida com o banco, mas nunca houve acordo".

O advogado lembrou que o último comprador tentou entrar em acordo com o banco, em março do ano passado, para que a dívida de quase R$ 90 mil reais fosse diminuída e Cícero pudesse pagar.

"O banco não aceitou o acordo proposto e o Cícero não conseguiu quitar a dívida. A casa continuou no nome dele", explicou Froener.

Os dois homens, de acordo com Froener, foram os últimos a estar com a posse da casa, mas o advogado não sabe se eles tem ligação com o cassino. Ele também comentou que eles sempre pressionavam o produtor para que quitasse de uma vez a dívida e o imóvel pudesse ter nova escritura.

"Depois que o Cícero depor na delegacia, os nomes dos compradores serão divulgados", garantiu Froener.

O delegado responsável pelas investigações, Paulo César Braus, disse que ainda não há data para o depoimento de Cícero.

Operação Níquel - O cassino considerado de luxo fechado na segunda-feira estava com as máquinas ligadas, mas não havia nenhum apostador nem responsável no local. O estabelecimento foi flagrado durante a operaçao Níquel, que realizou apreensões em diversos outros pontos da cidade.

Carros caros e movimentação dia e noite nos últimos quatro meses levantaram desconfianças quanto à utilização da casa, que permaneceu abandonada durante 3 anos. Todos os vizinhos são unânimes: a casa de aspecto abandonado cujo terreno possui duas entradas

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