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Cidades

Ex-policial promoveu chacina no Santa Luzia para vingar briga em bar

Edivaldo Bitencourt e Filipe Prado | 20/12/2013 15:04
Ex-policial, com extensa ficha criminal, executou chacina para vingar briga em bar (Foto: Simão Nogueira)
Ex-policial, com extensa ficha criminal, executou chacina para vingar briga em bar (Foto: Simão Nogueira)

O ex-policial militar Cláudio José Andrade dos Santos, 55 anos, é suspeito de ser o autor da chacina que resultou em três mortes no dia 18 de novembro deste ano no Bairro Santa Luzia. Ele matou os irmãos e um terceiro homem para vingar uma briga em bar cinco dias antes do crime.

Conforme o delegado Fábio Peró, da Derf (Delegacia de Roubos e Furtos), o ex-policial comandou os assassinatos para vingar uma briga com Edgar José Duarte, 38, ocorrida em um boteco da região. Ele contratou um homem de 32 anos para ajudá-lo na vingança.

Autor de uma extensa ficha criminal, que inclui tráfico de drogas e tentativas de homicídio, Santos confessou a chacina, segundo Peró. Ele contou que só não matou Edgar durante a briga porque estava sem uma arma de fogo.
O assassinato foi premeditado. Ele contou que contratou um homem para executar o crime, mas o companheiro não sabia dirigir e Cláudio foi obrigado a dirigir até a casa de Edgar Duarte, no Bairro Santa Luzia.

Ao chegarem ao local, eles acabaram simulando um assalto para ganhar tempo, porque o alvo tinha indo dentro da casa buscar mais água para o tereré.

Ao voltar da residência, Edgar foi atingido por um tiro disparado pelo ex-policial. O comparsa atirou contra o irmão dele, João Carlos Duarte, 26. Maurício Martins da Silva, 31, foi tentar defender Edgar e levou um tiro certeiro na cabeça da arma em poder de Cláudio.

Peró diz que assassino confesso poderá ser condenado a 60 anos de reclusão (Foto: Simão Nogueira)
Peró diz que assassino confesso poderá ser condenado a 60 anos de reclusão (Foto: Simão Nogueira)

Em seguida, o ex-policial caminhou até Edgar e o executou com mais dois tiros. Os dois fugiram do local do crime, mas imagens do sistema de segurança da região revelaram o Palio, com placas do Paraná.

A polícia só chegou ao carro ao chegar, primeiro, também por meio de imagens, a um outro veículo, que era de uma testemunha dos assassinatos. Ela contou que o Palio tinha participado das execuções.

Para despistar os policiais, Cláudio viajou para São Paulo e revendeu o carro ao mesmo comprador. Os policiais ficaram de campana por três dias no Jardim Danúbio Azul, onde o ex-policial reside, e o prenderam no dia 12 deste mês, após o seu retorno de São Paulo.

Peró contou que ele foi indiciado pelos crimes de homicídio qualificado, crime por motivo fútil e por ter dificultado a defesa da vítima. A pena pode chegar a 60 anos de reclusão

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