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Cidades

Ex-secretário de Saúde defende contrato com empresa suspeita

Lidiane Kober e Bruno Chaves | 15/08/2013 17:12
Mazina disse que se não mantivesse o contrato "uma fila enorme de pessoas iria morrer" (Foto: João Garrigó)
Mazina disse que se não mantivesse o contrato "uma fila enorme de pessoas iria morrer" (Foto: João Garrigó)

Em depoimento à CPI da Saúde, o ex-secretário de Saúde de Campo Grande, Leandro Mazina, defendeu contrato com a Neorad, de Adalberto Siufi, acusando de comandar esquema de desvio de verba pública no HC (Hospital do Câncer).

“Não se pode admitir fila de 200 a 300 pacientes e por questões ideológicas não fazer contrato com a Neorad. Se isso não acontecesse, uma fila enorme de pessoas iria morrer”, justificou o secretário. "Estamos reféns da empresa e vamos continuar até o Ministério da Saúde adaptar os hospitais para receber os aceleradores nucleares", emendou.

Ele, inclusive, admitiu à CPI saber das irregularidades no hospital. “Algumas foram sanadas”, emendou. Mazina disse ainda que o MPF (Ministério Público Federal) estava a par do contrato coma Neorad.

Em resposta, o presidente da CPI, deputado estadual Amarildo Cruz (PT), ressaltou que, em 2010, em reunião com a direção do HC, HU (Hospital Universitário) e do HR (Hospital Regional), o MPF declarou o contrato com a Neorad irregular e orientou para o HR passar a ser referência no tratamento do câncer.

Mazina, por sua vez, disse que “regularizou a situação”. Segundo ele, o MPF considerou o contrato com a empresa irregular pelo fato de o HC contar com esse serviço e mais aparelho de combate ao câncer. “Então, colocamos a Neorad à disposição da Santa Casa”, explicou.

Hoje, ainda de acordo com o ex-secretário, o município repassa verba à Santa Casa para pagar os serviços da Neorad.

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