Ex-secretário terá de explicar compra de Raio-X
O ex-secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Ralf Marques, deverá prestar esclarecimentos à Justiça acerca da compra de equipamentos de Raio-X adquiridos para ser usados nos presídios de Mato Grosso do Sul. Parte dos aparelhos está desativada e uma ação popular foi proposta com objetivo de destituir a compra, cujo valor é de R$ 1,5 milhão.
A ação tramita desde outubro de 2007 e a edição do Diário da Justiça cita o secretário, que não foi encontrado pelo oficial de Justiça para ser intimado a prestar defesa. O ex-diretor da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Hilton Villasanti Romero, também é alvo da ação.
Segundo agentes, algumas destas máquinas jamais funcionaram e outras estiveram em atividade por muito pouco tempo. Trata-se de equipamentos complexos e sensíveis, que deveriam ter sido colocados em locais próprios e em condições de proteção, mas apesar dos problemas, não foram devolvidos e após a pane foram abandonados e sujeitos ao sucateamento.
As máquinas foram construídas pela empresa Asteophysics Inc, e a vencedora da licitação foi a Mega Teck Controls Ltda. Durante a ação, diretores das unidades prisionais também apresentaram documentos para informar como estava o funcionamento dos aparelhos.
No caso do presídio de Segurança Média de Três Lagoas, município distante 326 quilômetros de Campo Grande, a direção aponta que os aparelhos quebraram em agosto de 2007 e, até março de 2008, quando os diretores responderam ao questionamento, não tinham passado por reparo.