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Cidades

Exército esconde resultado de inquérito sobre 2 mortes

Redação | 27/01/2010 13:27

O Exército Brasileiro decidiu não divulgar o resultado do IPM (Inquérito Polícia Militar) sobre as duas mortes de militares durante treinamento em novembro do ano passado no Pantanal.

Nem familiares tiveram acesso ao resultado da investigação, realizada nos últimos dois meses.

O IPM investigou as causas das mortes do cabo Diego Augusto de Lima Leite e do soldado Antônio José dos Santos Neto, ambos de 21 anos, ocorrida durante um treinamento no Pantanal, na região do Rabicho, na base do 6º Distrito Naval de Ladário. O processo policial foi concluído no dia 25 deste mês. O Exército alegou "sigilo" para não divulgar o resultado da apuração.

Em entrevista ao Diarionline, o advogado contratado pela família do cabo Lima, Luiz Fernando Toledo Jorge, informou que nem eles tiveram acesso aos resultados da investigação. Ele pretende vir à Campo Grande para requisitar à Justiça Militar acesso ao inquérito.

Apesar de esconder o resultado da investigação, o Exército tentou se justificar. "O Exército Brasileiro não pactua com nenhum tipo de irregularidade e apura rigorosamente todas as denúncias recebidas, agindo com impessoalidade, tendo o cuidado de não ferir os direitos individuais previstos na Constituição Federal", alegou, mas sem revelar os culpados pelas fatalidades.

"Não deixaram que tivéssemos acesso aos autos, informaram a conclusão somente para as famílias e a portas fechadas", disse o advogado Jorge, que é presidente da subseção da OAB/MS em Corumbá, ao Diarionline. Somente após tomar conhecimento da conclusão do IPM é que terá argumentos para definir quais medidas judiciais deverá tomar.

Outros dois militares, os soldados Victor Hugo Serrudo de Cabrera e Izan Eduardo da Silva Filho também se sentiram mal no mesmo treinamento e chegaram a ser internados, mas, se recuperaram.

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