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Cidades

Expostos a sol e chuva, taxistas reclamam da rodoviária

Redação | 26/02/2010 16:43

Após a euforia de presenciar a troca da antiga por uma nova rodoviária, 30 taxistas que se revezam nas duas fileiras do terminal trabalham expostos ao sol e à chuva, encaram um único bebedouro com água quente e reclamam de preços extorsivos: um cafezinho no local pode custar R$ 1,50.

Segundo os taxistas do local, apenas 2 dos 30 carros ficam em área coberta. Como o fluxo de passageiros é grande, o "prazer" de se esconder do sol pode durar apenas alguns minutos. Mesmo ficando ao lado de uma pequena reserva florestal, em nenhum momento do dia se forma sombra.

Para se protegerem, os taxistas apelam para chapéus de palha e guarda-chuvas. Mesmo assim todos estão visivelmente castigados pelo sol.

O único bebedouro da rodoviária, segundo eles, é disputado e nem sempre dispõe de água gelada. A saída é apelar para a garrafa térmica e trazer a água de casa.

Além da água, o café também se tornou proibitivo. Taxistas reclamam que a rodoviária só tem duas mini cantinas, que funcionam apenas até as 22 horas. Além de não terem onde consumir lanches durante a madrugada, o preço do café tornou a tradição em algo do passado. O preço da xícara era R$ 2,50, mas baixou para R$ 1,50. Mesmo assim, distante demais do que é praticado nas padarias e bares da cidade, onde gira em torno dos R$ 0,50.

"Aqui é o purgatório", define Atílio Lucas, de 54 anos, se referindo ao local onde o sol castiga os motoristas. "Falta conforto para mim e também para os passageiros", afirma.

José Souza, de 48 anos e taxista há 12, a velha rodoviária, pelo menos neste sentido, era melhor. "O calor é tão insuportável que em alguns momentos temos de ligar os carros e ficar com eles parados usando ar condicionado", relata.

A má instalação deixa José Barbosa, de 50 anos e 15 anos de praça indignado. "Nunca fiquei tão mal instalado. Na outra rodoviária tínhamos sombra. Agora temos de passar o dia todo dentro do carro com um calor insuportável", define.

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