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Cidades

Falhas no atendimento causaram 69% das mortes por dengue

Redação | 06/09/2010 09:26

Estudo do Ministério da Saúde aponta que houve falha de atendimento em 69% dos casos de pacientes que morreram de dengue neste ano, nos seis estados que reúnem 70% do total de mortes pela doença no País, incluindo Mato Grosso do Sul.

De acordo com matéria da Agência Estado, a análise foi feita em: Minas Gerais; Mato Grosso; São Paulo, Goiás; Rondônia e Mato Grosso do Sul.

O estudo foi desenvolvido em colaboração com secretarias estaduais de Saúde e com secretarias municipais das cidades com maiores indicadores, o estudo partiu da avaliação de prontuários, de entrevistas com profissionais de saúde e com familiares do pacientes mortos.

A Organização Mundial da Saúde é enfática ao afirmar que as mortes pela doença são evitáveis. O máximo tolerado é de até 1% dos casos graves. Bem menos que o registrado no País. Até julho, a taxa de mortalidade foi de 3,9%.

A pesquisa do ministério, cujos números finais devem ser divulgados até o fim do mês, quer desvendar as razões de taxas tão elevadas. A partir daí, o assunto deverá ser discutido com autoridades locais.

A análise constatou que em muitos casos de óbito, pacientes não foram atendidos conforme as diretrizes do ministério, como a classificação de risco.

O secretário de Saúde da Capital, o médico Leandro Mazina Martins, não acredita que Campo Grande figure entre os números analisados, já que o atendimento aos pacientes é feito a partir da classificação de risco e mesmo que os postos de saúde fiquem lotados, todos são atendidos. "Não escondemos nossos números e sempre atendemos todas as pessoas que procuraram os postos de saúde. Fizemos todos os atendimentos que foram da nossa competência".

Desde janeiro, a Capital já registrou 38.882 casos notificados. A dengue casou a morte de 22 pessoas. No começo do ano, é normal ver pessoas esperando muitas horas por atendimento nos postos de saúde de Campo Grande.

O secretário também lembrou que os casos de óbitos na Capital foram de pessoas idosas e aqueles que tiveram algum tipo de complicação, além da dengue. Citou que entre os óbitos estão casos de quem procurou hospitais particulares.

Martins ressalta que as normas do Ministério da Saúde sempre foram seguidas à risca nas unidades de saúde da rede municipal. "Temos a classificação de risco, para priorizar as pessoas que estão em piores condições. Campo Grande não tem falha neste atendimento", garante.

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