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Cidades

Falta de acostamento e buracos são obstáculos nas viagens de fim de ano

Ricardo Campos Jr. | 31/12/2014 07:20
Quem viaja para o réveillon ou férias deve ter bastante atenção e respeitar a sinalização (Foto: Alcides Neto)
Quem viaja para o réveillon ou férias deve ter bastante atenção e respeitar a sinalização (Foto: Alcides Neto)

De um modo geral, as rodovias que cortam Mato Grosso do Sul são classificadas como boas e regulares, tanto na opinião de condutores como do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), mas há falhas que podem tirar o sossego de quem viaja para as férias ou no período de festas, como trechos esburacados e sem acostamento.

O caminhoneiro Marcos Fernando de Araújo, 42 anos, trabalha com transporte de cargas há 22 anos. “Mato Grosso do Sul não tem BRs ruins. Em sua maioria são todas boas, exceto o trecho que vai de Dourados para Itaquiraí, que não tem acostamento”, diz.

A avaliação é possível quando se passa por vários estados durante as jornadas de trabalho. De um modo geral, segundo ele, os piores problemas das estradas brasileiras são a falta de sinalização e locais em que as placas foram cobertas pela vegetação e carecem de manutenção.

Opinião semelhante tem Esmael Dias Nantes, 49 anos, que trabalha como caminhoneiro há 25 anos. “No geral está bom”, opina. Para ele, as pistas estaduais têm mais problemas que as federais. “Tem trechos que estão bastante ruins, muito esburacados”, relata.

Com relação às BRs, o local mais crítico, segundo ele, fica entre Nova Alvorada do Sul e Bataguassu. “É um trecho que deveria ser melhorado, porque tem muitos caminhões grandes, como os canavieiros”, afirma.

Esse mesmo ponto é criticado também pelo caminhoneiro Pedro da Silva Lima, 34 anos, que roda pelas estradas a trabalho há apenas 3 anos. “Pior é que não tem como evitar. É estreita, está ruim a pavimentação, além de ser mal sinalizada”, diz. “Para mim as estradas do estado são regulares, existem piores”, conta. 

Marcos de Araújo diz que maioria das pistas do estado são boas (Foto: Alcides Neto)
Marcos de Araújo diz que maioria das pistas do estado são boas (Foto: Alcides Neto)
Pedro diz que as rodovias estaduais são mais precárias que as federais (Foto: Alcides Neto).
Pedro diz que as rodovias estaduais são mais precárias que as federais (Foto: Alcides Neto).

Oficial – O superintendente regional do Dnit no estado, engenheiro Carlos Antônio Marcos Pascoal, fez, a pedido do Campo Grande News um raio-X das estradas nacionais que cortam Mato Grosso do Sul sob a jurisdição do órgão, que atualmente compreendem 2.731 km de pista.

A BR-060 está em boas condições, exigindo dos condutores atenção no trecho entre Chapadão do Sul e o entroncamento com a BR-163 por conta de obras. O mesmo ocorre no trecho da BR-158 entre Três Lagoas e a divisa do estado com São Paulo. A característica a qual os usuários devem ficar atentos é com relação ao intenso fluxo de carretas.

Na BR-262, conforme Pascoal, os motoristas devem ter muito cuidado no trecho entre Três Lagoas e Água Clara, pois o volume de carros é grande e a pista não tem acostamento. Nessa mesma via, entre Campo Grande e Corumbá, o trecho entre os km 667 ao km 680 está em condições ruins porque as obras de revitalização ainda não foram concluídas. Existe licitação aberta para contratação de empresa para fazer os reparos, cuja abertura está prevista para o dia 6 de janeiro.

Com relação às BR-419, entre Anastácio e Nioaque, e na BR-463, entre Dourados e Ponta Porã, atenção redobrada com relação aos limites de velocidade por conta do intenso tráfego, o que também ocorre com a BR-267. Já a BR-359 está em excelentes condições, na avaliação do Dnit, sem ressalvas aos condutores.

Para garantir a segurança dos condutores, a PRF prossegue com a operação Rodovida, etapa Ano Novo, com intensificação das fiscalizações, principalmente nos dez pontos que a corporação considera mais críticos por conta da quantidade de acidentes. Quatro municípios do estado concentram esses trechos.

Em Campo Grande, trechos da BR-163 entre os quilômetros 460 ao 500 concentram juntos 123 ocorrências de acidentes graves. A BR-262 em Três Lagoas, entre o quilômetro zero ao dez já teve 99 batidas desse tipo.

Já em Dourados, trechos da BR-163 que vão do quilômetro 250 ao 270 somam juntos 67 acidentes graves e o trecho da BR-463 que vai do quilômetro zero ao dez nesse município teve 22 ocorrências. Em Jaraguari, na BR-163, entre os quilômetros 520 e 530, foram registrados 24 acidentes graves.

Segundo a PRF, quatro cidades do estado concentram pontos mais críticos. (Foto: Alcides Neto)
Segundo a PRF, quatro cidades do estado concentram pontos mais críticos. (Foto: Alcides Neto)
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