ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 31º

Cidades

Família aciona corregedoria contra policial dono de cão

Redação | 03/11/2009 16:16

Depois do ataque de um cachorro pit bull contra uma garota de 9 anos, a tia da vítima, Betânia da Silva, 29 anos, acionou a Corregedoria da Polícia Civil contra o policial Paulo César Souza Mota, proprietário do cão.

Segundo Betânia, Mota, como é conhecido, impediu que o cachorro fosse encaminhado ao CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) para permanecer em observação.

De acordo com a tia, mesmo que não estivesse de serviço, o policial chegou armado à Praça do Papa, onde o pit bull havia atacado a menina.

"Era para intimidar a guarnição (da Polícia Militar) e a gente", completa Betânia.

Na versão da tia, Mota disse que era uma "palhaçada" levar o cão.

Conforme Betânia, o policial colocou o filho e o cachorro na carroceria de uma caminhonete e deixou o local, antes mesmo da Polícia Militar terminar de registrar a ocorrência.

A tia foi ao 7º DP (Distrito Policial), onde Mota é lotado, registrar a ocorrência.

Mota também foi à delegacia e chegou a gritar para que Betânia saísse da unidade policial. "Ele nos tocou", alega.

Betânia reclama da ação do policial e procurou hoje a Corregedoria para que seja aberto procedimento na esfera administrativa contra Mota.

Ela afirma que amanhã formalizará o pedido porque irá apresentar ao órgão testemunhas do fato.

Paralelamente, foi instaurado inquérito policial para investigar o caso.

A menina foi submetida hoje à tarde à exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal).

A garota sofreu lesões nos braços e não chegou a ser internada. "Graças a Deus não aconteceu nada, mas tinha outras crianças na praça", destaca Betânia em relação ao risco.

O policial Mota nega que tenha agido com truculência. Ele conta que estava em casa quando recebeu o comunicado da delegacia no qual um colega dizia que o filho pediu para ir à praça.

Mota afirma que foi ao local sem saber do que se tratava. O policial revela ainda que costuma andar armado. "Todo policial anda", completa.

No entanto, ele assegura que não sacou a arma, que estava dentro do bolso da bermuda e coberta pela camiseta.

Mota admite apenas que se recusou a entregar o cão porque o animal era vacinado.

Enquanto a tia da menina estava no 7º DP, Mota revela que o único incidente que ocorreu envolve o agente do CZZ. Ele diz que o servidor queria levar o pit bull e o policial pediu para esperar o momento de ser atendido.

O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimeto Comunitário), já que a menina não sofreu ferimentos graves.

Mota afirma que o cachorro só mordeu a menina porque ela passou por cima do rabo do pit bul. "

Nos siga no Google Notícias