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Cidades

Família acredita que jovem foi baleado por engano

Redação | 04/10/2010 11:12

Parentes de Felipe Machado Felício, 19 anos, atingido por um tiro na cabeça ontem à noite acreditam que o rapaz tenha sido baleado por engano. A tentativa de homicídio ocorreu na Avenida Afonso Pena, perto do Parque das Nações Indígenas, onde o grupo de Felipe estava quando foi surpreendido por outros jovens.

Felipe, o irmão Fernando e outros quatro jovens saíram do Shopping Campo Grande e seguiram a pé pela avenida, onde encontrariam o pai de um deles para levá-los em casa.

Quando estavam perto do parque, um grupo de pelo menos três pessoas se aproximou. Entre os autores estava uma moça e um jovem armado.

Segundo o irmão de Felipe, um desconhecido disse apenas: "Você não gosta de bater nos outros? Você não gosta de brigar?".

Felipe apenas teve tempo de falar: "Pelo amor de Deus, eu não sou disso".

A explicação de Felipe não foi suficiente para o autor, que descarregou o revólver contra o jovem e o grupo.

O tiro acertou a cabeça do rapaz, que está internado em estado gravíssimo na Santa Casa de Campo Grande.

O irmão da vítima conta que conseguiu jogar uma pedra contra o autor, que fugiu com o grupo para dentro do Parque das Nações Indígenas através das grades.

Fernando parou um carro que passava pela avenida e o médico que dirigia o veículo prestou os primeiros socorros a Felipe.

Ele está internado no hospital, onde a família está concentrada à espera de informações.

"Ele não era uma pessoa de briga. Mal saía de casa. Terminou recentemente o ensino médio e ia prestar vestibular no fim ano", lamenta a mãe, que não quis se identificar.

Ela ressalta que o jovem é pacífico e não tinha antecedentes criminais. Antes de ir ao shopping, Felipe visitou a namorada.

Abalados - O irmão de Felipe ficou em estado de choque e só conseguiu ir ao hospital às 3 horas de hoje, cerca de cinco horas depois do crime.

Uma prima de Felipe, que tem grande ligação com o jovem, estava grávida e perdeu o bebê ao receber a notícia. A moça, cujo nome é preservado pela família, está internada na maternidade Cândido Mariano.

Suspeitos - Entre o grupo dos autores está uma jovem, que estava com casaco bege. Além das descrições físicas, testemunhas apontam esta roupa como um detalhe que possa levar à autoria da tentativa de homicídio.

Testemunhas dizem ter visto depois do crime o grupo andar de moto pela Avenida Afonso Pena. Familiares também afirmam que um grupo com as mesmas características perto do hospital.

"A única coisa que a gente pede é que todo mundo ore para que tudo dê certo", finaliza outra prima sem se identificar. Os familiares contam que estão abalados e com medo.

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