Família de adolescentes faz apelo para voltarem
Mais de um mês à procura de Wellington Afonso dos Santos Aguerro, 14 anos, e Naiara Ribeiro Lucas, 17 anos, as famílias dos adolescentes acreditam que eles tenham fugido de casa e faz um apelo para que voltem. O caso é investigado pela Dpca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), que trabalha com a tese de desaparecimento.
O rosto de Wellington foi estampado em camisetas e os amigos do garoto se reuniram hoje cedo, na casa da família, no Bairro Santo Amaro. O objetivo dos meninos é sensibilizar os adolescentes para que voltem, caso tenham ficado com medo ou vergonha.
Aos prantos, Sueli, a mãe de Wellington, reforça que eles serão bem recebidos no retorno. Já o apelo de Neusa Casemiro Ribeiro Lucas, 42 anos, mãe de Naiara, é mais abrangente.
Com a convicção de que os adolescentes fugiram, ela pede que, caso alguém tenha dado abrigo aos garotos, procure a Polícia. Neusa pede ainda que, se alguém tenha mantido o casal em cárcere, libere os jovens.
Um agente da DPCA reforça que a principal tese para o caso é desaparecimento. A reportagem do Campo Grande News apurou que 11 dias depois do sumiço o pai de Naiara, Benedito Lucas, recebeu uma mensagem do telefone celular que estava com a garota.
A mensagem foi enviada do celular da amiga de Naiara, Daniela Batista da Silva, que estava com ela quando foi vista pela última vez, em 8 de fevereiro. O próprio pai não acredita que a filha tenha redigido o texto porque o nome foi grafado com Y e não com I, como é o nome da adolescente.
No entanto, o policial destaca que Wellington também escrevia o nome de Naiara com Y. "No orkut (rede de relacionamento na internet) dele está com Y".
A mensagem dizia: "Favor diga para minha mãe não se preocupar. Estamos bem. Retornaremos em breve, depois que passar a vergonha. Eu estava com outra roupa por baixo. Nayara".
O torpedo foi enviado para os celulares do pai de Naiara, da mãe de Daniela e da própria Naiara,a partir de 1h30 do dia 19 de fevereiro. Além do celular da amiga, Naiara também estava com o seu aparelho no dia que desapareceu.
Antes do torpedo, o pai de Naiara e a mãe de Wellington receberam ligações do celular da menina. Do outro lado da linha a pessoa ficava muda.
Benedito conta que o celular da filha está registrado em seu nome e por isso tirou um extrato na operadora e constatou que a mensagem foi enviada ao celular dela. Mais um fato que causou estranheza.
A mãe de Naiara afirma que jamais proibiu o namoro entre os jovens e que apenas disse para priorizar os estudos. "Acho que eles se amavam demais", completa.
Entretanto, eles tinham rompido o relacionamento, segundo amigos, o garoto havias recebido ameaças do ex-namorado de Naiara.
Familiares de Wellington viram o garoto pela última vez às 17 horas de 7 de fevereiro. Neste dia, ele recebeu vários telefonemas de Naira.
O irmão