Família de jovem morto por arma da Polícia pede punição
Familiares do examinador do Detran e acadêmico de Direito Ítalo Marcelo de Brito Nogueira foram às ruas na manhã deste sábado pedir punição ao responsável pelo tiro que matou o jovem, o filho de um policial.
Munidos de faixas, eles distribuíam panfletos no cruzamento da Avenida Afonso Pena com a rua 14 de julho, um dos mais movimentados da cidade.
Ítalo morreu no dia 4 de junho durante uma festa no bairro Piratininga, em Campo Grande, ao ser atingido por disparo da arma empunhada por Guilherme Henrique Santana de Andrea, de 22 anos.
A arma, uma espingarda calibre 12, pertence ao pai de Guilherme, o investigador da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), Pedro Wlademir de Andrea.
Guilherme, que alegou que o tiro foi acidental, se apresentou à polícia após o flagrante, foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar e responde ao processo em liberdade.
A irmã de Ítalo, Natália Nogueira, reclama que a família vive dias de angústia, porque o processo corre em segredo de justiça e não são divulgadas as movimentações.
A família reclama ainda do que considera deboche, alegando que na página de relacionamentos Orkut, Guilherme postou a seguinte frase: "Passarinho que não deve nada para ninguém dorme sossegado".
Os familiares questionam, ainda, a conduta do pai do jovem, que, para eles, deveria ter prendido Guilherme logo após o crime.
O protesto no centro da Capital reúne 20 pessoas, entre familiares e amigos de Ítalo. Estão no local o pai do jovem, Ítalo Nogueira, o irmão, Sérgio de Brito Nogueira e a mãe, Regina Helena de Brito.