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Cidades

Fiems perde R$ 25 mi para escola técnica por problema em área doada

Danúbia Burema | 18/01/2011 18:10

Recurso milionário se perdeu por falta de escritura do terreno

Terreno onde seria construída escola fica à beira da avenida Duque de Caxias. (Foto: João Garrigó)
Terreno onde seria construída escola fica à beira da avenida Duque de Caxias. (Foto: João Garrigó)

Problemas na regulamentação de uma área na avenida Duque de Caxias, próxima à Base Aérea de Campo Grande, resultaram na perda de cerca de R$ 25 milhões que seriam repassados pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) para a construção da escola da construção da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul).

A obra anunciada em 2009 tinha o objetivo de formar trabalhadores para ocupar as 10 mil vagas existentes na construção civil em todo o Estado, 5 mil apenas em Campo Grande. A previsão era de formar mil alunos já no primeiro ano de atividade.

Contudo, a construção foi “emperrada” por conta de problemas na escrituração da área que havia sido doada pela Prefeitura. Segundo a Fiems, a administração municipal não conseguiu escriturar a área até 10 de dezembro de 2010, quando a documentação deveria ser enviada à CNI.

Devido à falta de escritura, a Fiems não enviou os documentos e perdeu o processo no qual havia sido selecionada. Conforme informado pela assessoria de imprensa da Federação, os R$ 25 milhões não foram liberados e a construção da escola ficou inviável.

Questionada sobre a perda de prazo, a Prefeitura informou por meio de sua assessoria de imprensa que a área não foi escriturada como deveria, nem liberada para uso, porque o proponente (no caso a Fiems) não preencheu todos os requisitos que o habilitavam para receber o imóvel. Contudo, não deu detalhes de quais requisitos deveriam ser preenchidos.

O presidente da CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), Samuel Freitas, lembra da necessidade de mão-de-obra especializa em vários setores da economia em MS e ressalta a importância do empreendimento que deixou de ser feito.

“A escola seria uma grande saída para suprir o mercado com a formação de bons e capacitados profissionais nas mais diversas áreas”, lamenta.

A CGTB suspeita que a área possa ser negociada com a iniciativa privada, o que é possível por meio da desafetação. Porém, isso exigiria projeto na Câmara e a Prefeitura garante que o terreno continua como área pública.

Tentativa - Apesar de ter perdido o terreno, a Fiems informou que já procura outro para construir a escola técnica e se reuniu com o prefeito Nelsinho Trad e com o governador André Puccinelli (PMDB) para tratar do assunto, mas ainda não há local definido.

Quando houver, a Fiems terá que fazer novamente um projeto baseado no terreno para apresentar à Confederação da Indústria e tentar conseguir novo recurso. Contudo, adianta que a escola nos moldes que haviam sido anunciados em 2009, conforme projeto que já estava pronto, não poderá ser construída.

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