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Cidades

Filipe fará transplante de fígado após um ano e meio de luta nos EUA

Viviane Oliveira | 29/03/2013 09:29
Filipinho, hoje com 4 anos. (Fotos: reprodução/Facebook)
Filipinho, hoje com 4 anos. (Fotos: reprodução/Facebook)
Filipe com os pais e o irmão mais velho, de 7 anos.
Filipe com os pais e o irmão mais velho, de 7 anos.

O menino Filipe Wolff, de 4 anos, que está em Boston, nos Estados Unidos, para o tratamento de uma doença rara, a histiocitiose de células Langer Hans (com manifestações semelhantes ao câncer), vai receber o tão esperado transplante. O doador será o pai, Guilherme Wolff.

Por causa do longo tratamento que incluiu quimioterapia, o fígado do garoto ficou comprometido. A data do transplante ainda não foi marcada, mas será no começo de maio.

Em novembro de 2011, a família foi aos Estados Unidos para consultas visando o uso do medicamento Clorafabine, originalmente criado para leucemia. Quando Filipe fez a consulta com a equipe médica responsável pela pesquisa com o medicamento, eles decidiram investigar como estava o fígado do garoto e a biópsia mostrou que o órgão está debilitado.

Filipe, que está há um ano e meio nos Estados Unidos, luta também contra um câncer no pulmão, que havia melhorado, mas voltou. A mãe, Evelyn, conta que desde outubro do ano passado o filho usa anéis de borracha nas varizes do esôfago, que serve para prender e estancar as varizes que vão sangrando por dentro. “Ele teve uma hemorragia muito séria no ano passado, mas graças a Deus e a tecnologia, tudo se resolveu da melhor maneira”, disse.

A criança esteve internada por oito dias e agora se recupera de uma bactéria que pegou por conta da imunidade baixa. Quanto ao transplante, a mãe explica, que os médicos disseram que tem que tentar para dar uma chance para ele. “Filipe espera pelo transplante e diz que quer uma barriguinha nova”.

Evelyn com os dois filhos.
Evelyn com os dois filhos.

Ele só vai voltar a fazer quimioterapia depois do transplante, quando se recuperar da cirurgia. A família, o pai a mãe, e o irmão de 7 anos, devem permanecer nos Estados Unidos ainda, depois do transplante, por no mínimo dois anos, são as regras quando o paciente é de outro país.

Para fazer a viagem, a família contou com doações de amigos e as que foram feitas ao site criado para ajudar Filipe. Hoje, a família dele conseguiu um seguro de saúde, que irá cobrir boa parte do tratamento. “O dinheiro que foi arrecadado nas campanhas está sendo suficiente. Deus providenciou tudo e nos abençoou muito, apesar de todos os problemas”, destaca a mãe.

Mesmo com as dificuldades do dia a dia, a família tenta levar uma vida normal. “O meu filho mais velho faz a primeira série aqui. Ele já está falando inglês fluente e é um dos melhores alunos da classe. Apesar do frio as crianças adoram, onde nós moramos tem muita natureza e lagos”.

Além de ir ao médico toda semana, o garoto toma quatro remédios por dia, desde vitamina até inibidor de sangramento. “Filipe não desiste, ele é uma lição de vida para mim. Deus tem algo muito especial para ele”, finaliza Evelyn.

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