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Cidades

Fim das férias não acaba com drama em postos de saúde

Redação | 04/02/2010 15:13

As férias dos médicos da rede pública acabaram no mês passado, mas a população continua sofrendo com a demora no atendimento nas unidades de saúde de Campo Grande.

Ao contrário das previsões da prefeitura, nem a volta dos profissionais ao trabalho resolveu o caos no Município. Na rotina das unidades nada mudou, os pacientes são obrigados a ir até três vezes e esperar por horas por atendimento na rede pública de saúde.

O caos no atendimento é agravado pela epidemia de dengue, que já atingiu 6,3 mil pessoas até terça-feira na Capital. O aposentado Cassiano Escorlati, 76 anos, está com os sintomas da doença desde segunda-feira. No entanto, sofreu para obter o atendimento ontem.

Ele contou que foi ao centro de saúde 24 horas do Bairro Guanandi no período da manhã e acabou indo embora sem atendimento por falta de médico. Na unidade do Conjunto Aero Rancho, ele conseguiu realizar os exames. Na tarde de quarta-feira, voltou de novo para tentar nova consulta médica no Guanandi.

"Eles chamam apenas para a triagem, estou aqui desde as 13h, com muita dor", reclamou, por volta das 16h30 de ontem. A triagem é o procedimento realizado por uma enfermeira que mede a pressão e analisa o quadro clínico do paciente.

Quatro vezes - Cansados de esperar, muitos pacientes vão embora sem realizar a consulta. "Um posto de saúde 24 horas não pode faltar médicos", queixou-se Antônio Oliveira Reis, 53, que acompanhava a mãe, Maria Enunciado, 82, que estava com dores abdominais. Reis disse que apesar da mãe ser idosa, não teve prioridade no atendimento. "Chegamos às 15h, mas provavelmente ela será atendida às 20h", previa.

Quem está doente sabe que não tem outra alternativa a não ser esperar. "Desde sábado estou doente, já é a quarta vez que venho e vou embora, estou aqui desde às 13h", contou Dorivaldo Correia da Silva, 48.

Além da espera, muitos dos pacientes reclamam do atendimento. "A enfermeira que está na triagem é muito mal-educada, não responde nada que perguntamos", criticou Dinah Marques, 39. A dona de casa disse que estava passando mal, com falta de ar e que tem problema no coração, mas mesmo assim estava esperando há quase 1 hora.

Tiradentes

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