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Cidades

Foragido participou de plano para matar juiz e promotor

Redação | 09/02/2010 22:00

O detento que escapou hoje do Hospital Regional, Aelinton Amaro Pinto, o "Playboy", havia sido preso em Pedro Juan Caballero (Paraguai), em 26 de agosto de 2005, e condenado a sete anos de detenção em setembro do mesmo ano por formação de quadrilha. O bandido era foragido da penitenciária de Franco da Rocha, em São Paulo, onde cumpria pena de 11 anos por assalto a banco e extorsão.

Interceptações telefônicas feitas na época em Mato Grosso do Sul, com autorização da Justiça revelaram que ele participava de um plano para executar um o magistrado Celso Antonio Schuch Santos e o diretor do presídio Harry Amorim Costa, Joel Rodrigues Ferreira, em represália à transferência de alguns presos do PCC para Campo Grande, além do promotor de justiça, Renzo Siufi.

Ele também foi um dos líderes em Campo Grande da rebelião que aconteceu simultaneamente em vários presídios do país, no Dia das Mães, em maio de 2006.

Os episódios deixaram quase 200 mortos em todo o Brasil, entre funcionários do Estado, como agentes penitenciários e policiais, e supostos participantes nos ataques.

Após a rebelião, ele foi transferido com outros presos também apontados como um dos líderes do PCC para o presídio em Naviraí (370 km de Campo Grande). Em agosto de 2006, por decisão da Justiça, ele retornou ao Presídio de Segurança Máxima da Capital.

Em dezembro de 2008, "Playboy" ganhou progressão de pena, passando a cumprir em regime semi-aberto, até ser transferido para o estabelecimento penal de Dois Irmãos do Buriti (105 km de Campo Grande).

Em 12 de fevereiro de 2009, ele foi internado no Hospital Universitário de Campo Grande para tratamento de tuberculose e mesmo sendo considerado um dos líderes do PCC no Estado, não havia escolta policiall. Após uma semana foi resgatado por comparsas.

"Playboy" foi novamente preso em novembro de 2009, quando dirigia um veículo Blazer, da advogada dele. O foragido foi abordado em uma blitz e acabou pego com documentos falsos.

No dia 27 de janeiro, audiência de Aelinton ocorreu via teleconferência, porque a Justiça considerou que o transporte dele representava novo perigo de fuga.

No dia, o magistrado negou progressão de pena pleiteada pela defesa. Na decisão, o juiz Albino Coimbra Neto, considerou que o preso já havia dado provas suficientes de que tinha o interesse em escapar, por ter fugido já duas vezes do regime semi-aberto desde que foi preso, primeiro em SP e depois em MS.

"Papagaiada" - Hoje, Playboy e outro detetento saíram do presídio de Segurança Máxima para fazer exames na Santa Casa, mas por falta de equipamentos no hospital, ele foi levado ao Regional.

No HR, conseguiu render e roubar a arma do PM que fazia escolta, quando esperava no saguão pelo atendimento.

Além do histórico de fugas, Playboy foge três dias após ter ameaçado agentes penitenciários, dizendo que tinha 250 mil reais para pagar pela morte de 4 servidores, segundo registro de boletim de ocorrência.

A fuga desta terça-feira foi pontuada por falhas da Segurança Pública, primeiro por apenas um PM no saguão vigiando os bandidos e depois, quando a viatura que perseguia os dois presos foragidos quebrou.

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