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Cidades

Funai investiga fraude de R$ 500 mil em compra de combustíveis em MS

Bruno Chaves e Zana Zaidan | 24/09/2013 15:23

Fraudes na utilização de cartões corporativos da administração regional da Funai (Fundação Nacional do Índio) de Campo Grande fizeram com que o corregedor nacional do órgão, Francisco Arruda, instaurasse sindicância para apurar denúncias de compra irregular de combustíveis. A estimativa é de que mais de R$ 500 mil foram desviados e até utilizados para enriquecimento ilícito de servidores nomeados.

Após ser notificado de gastos em excesso com compra de gasolina, etanol e diesel em postos de combustíveis de Campo Grande, o assistente administrativo da Funai de Miranda, Fernando Jorge, descobriu que era uma das vítimas de fraudes em cartões corporativos.

“Fui notificado sobre a quantidade de notas de combustível sem nenhuma ordem de serviço expedida”, contou Fernando revelando que os gastos irregulares duraram pouco mais de 10 meses. O servidor revelou que as notas começaram a ser emitidas no dia 8 de dezembro de 2011 e foram até o dia 29 de outubro de 2012.

Ao todo, quatro cartões corporativos foram emitidos com o nome e o CPF (Cadastro de Pessoa Física) de Fernando. Em todos os pagamentos, constam os dados do assistente administrativo. “Foram compras de gasolina e etanol, mas tem óleo diesel e óleo de motor. Pelo jeito, quem fez isso usou de todos os artifícios para ‘empurrar’ mais gastos nas notas”, acredita.

O assistente ainda afirma que nunca utilizou veículos da Funai para o trabalho. Ele revelou que é funcionário da fundação desde 1989 e está lotado na unidade de Miranda desde 2002. “Nunca usei carro da Funai, tenho carro próprio e o meu é a gasolina. Porque eu abasteceria com diesel?”, questionou lembrando que só em seu nome existem gastos de R$ 25 mil.

Gastos excessivos e corriqueiros – A sindicância para investigar o desvio de verbas foi publicada no Boletim de Serviços da Funai do dia 1º de julho e assinada por Francisco Arruda. O prazo estipulado para a conclusão dos trabalhos foi de 60 dias, com término previsto para início de setembro. No entanto, em nova publicação, o corregedor prorrogou para início de novembro o prazo para a conclusão da apuração.

“A gente não pode afirmar quem é, mas pessoas que a gente desconfia, hoje estão bem de vida. De uma hora pra outra, com carro zero, casa nova. Agiram de ma fé. São servidores que foram nomeados, de acordo com interesses políticos”, afirma.

Além de denúncias contra Funai, acusações sobre desvio de dinheiro para compra de combustíveis também pesam contra a administração regional da Funasa (Fundação Nacional da Saúde) em Campo Grande. Cerca de 10 funcionários estariam envolvidos em desvio de R$ 200 mil da fundação.

Sindicância – A reportagem do Campo Grande News entrou em contato com as administrações regionais de Campo Grande da Funai e da Funasa, assim como os órgãos em Brasília (DF).

Até o fechamento desta matéria, a assessoria de imprensa da Funai não respondeu aos questionamentos do jornal.

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