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Cidades

Funcionários da Embrapa fazem greve de advertência por três dias

Vanda Escalante | 20/06/2011 10:36

Em Mato Grosso do Sul, nas unidades de Campo Grande, Dourados e Corumbá, são cerca de mil trabalhadores parados

Com adesão estimada em 70% a 90% nas unidades de todas as regiões do país, funcionários da Embrapa decidiram paralisar as atividades por três dias a partir desta segunda (20). Em Mato Grosso do Sul, de acordo com os sindicalistas, cerca de mil trabalhadores teriam aderido à greve, paralisando totalmente as unidades de Campo Grande, Dourados e Corumbá.

O movimento é uma greve de advertência e pode terminar antes do prazo ou se estender, dependendo dos resultados de uma reunião marcada para o meio dia com representantes do Ministério da Agricultura.

De acordo com informações do Sinpaf (Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário), 28 das 37 seções sindicais na Embrapa haviam realizado assembleias até o final da tarde de sexta-feira (17), sendo que 27 haviam aderido à paralisação. Somente em uma unidade os filiados não aprovaram a paralisação, mas rejeitaram a contraproposta da empresa.

A greve de advertência foi convocada pelo Sinpaf na quarta-feira (15), como “uma reação à falta de compromisso dos gestores da Embrapa com as reivindicações dos trabalhadores, já que após onze reuniões, metade da pauta continua suspensa”.

As principais reivindicações dos trabalhadores são reajuste salarial com ganho real, fim das demissões e punições imotivadas e sem processo administrativo, revisão do Plano de Cargos da Embrapa e do interstício da tabela salarial e isonomia de benefícios.

Caso a empresa não reaja à paralisação de advertência programada para esta semana, os trabalhadores continuarão paralisando nas próximas semanas, de forma progressiva, até o dia 18 de julho, quando poderão entrar em greve por tempo indeterminado.

Reunião - Na reunião marcada para o meio dia, em Brasília, o comando de greve dos trabalhadores da Embrapa vai conversar com o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Milton Ortolan, para entregar as principais propostas dos trabalhadores no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT 2011-2012), entre cláusulas sociais e econômicas.

Das 95 cláusulas que compõem a pauta do ACT 2011-2012 apresentada à Embrapa pelo SINPAF, 45 foram acordadas (25 com avanço e 20 conforme o ACT vigente), 12 foram parcialmente acordadas e 38 permanecem suspensas. Essas últimas são aquelas para as quais a Embrapa apresenta contraproposta insuficiente para acordo ou pede a exclusão.

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