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Cidades

Gaeco devolve computadores apreendidos ao Boca do Povo

Redação | 25/06/2010 20:14

Na tarde desta sexta-feira, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) devolveu os sete computadores apreendidos do jornal Boca do Povo, no último dia 18, segundo informações do diretor comercial do veículo de comunicação, Washington Sanches.

Ele disse que a assessoria jurídica do Boca do Povo imediatamente acionou a Justiça após a apreensão dos computadores, ficando decidido que as máquinas deveriam ser entregues cinco dias depois, na terça-feira (22). Como isso não ocorreu, a empresa novamente recorreu ao Poder Judiciário, que determinou busca e apreensão das máquinas no Gaeco.

Na terça-feira, o Gaeco informou, por meio da assessoria de imprensa do MPE (Ministério Público Estadual), que os mandados de busca e apreensão foram cumpridos para investigar denúncia de extorsão. A ação foi batizada de Operação Sushi, pois a primeira denúncia partiu do dono de um restaurante de comida japonesa.

Segundo o Gaeco, havia a suspeita de terem formado uma quadrilha destinada a extorquir pessoas em troca de não publicação de matérias jornalísticas que comprometessem a honra e imagem de pessoas ou empresas.

A investigação teve início em 19 de abril de 2010, a partir das declarações de uma vítima que foi forçada a contratar os serviços do jornal, sob pena de ser publicada matéria fantasiosa que comprometeria a imagem de sua empresa. O nome do denunciante não foi informado pelo MPE.

A busca se destinou a colher documentos e outros subsídios que confirmassem as declarações de vítimas e testemunhas do procedimento investigatório criminal.

Para o proprietário do "Boca do Povo", Benedito de Paula Filho, a apreensão dos computadores da redação do seu jornal teve motivação política.

No último sábado, em entrevista ao Campo Grande News, ele afirmou que a polícia grampeou seus telefones há cerca de 90 dias e que o problema todo começou depois que seu jornal publicou reportagem envolvendo o deputado federal Antônio Cruz (PP).

A assessoria de Antônio Cruz informou que ele move ação por calúnia e difamação na Justiça contra o dono do jornal Boca do Povo, mas que o parlamentar não tem relação com a apreensão dos computadores.

Washington assegurou que nenhum documento que comprometesse o Boca do Povo foi encontrado nos computadores. "Não acharam nada", ressaltou.

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