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Cidades

Gaeco já ouviu 15 pessoas que compraram CHNs e curso de quadrilha

Francisco Júnior | 26/04/2013 16:36
Documentos apreendidos com a quadrilha. (Foto: João Garrigó)
Documentos apreendidos com a quadrilha. (Foto: João Garrigó)

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) já ouviu 15 pessoas que compraram CNHs (Carteira Nacional de Habilitação) ou cursos para transporte de cargas perigosos de uma quadrilha presa no dia 11 deste mês em Mato Grosso do Sul.

Segundo o promotor Marcos Alex Vera, chefe do Gaeco, a denúncia contra a organização criminosa será encaminhada ao judiciário na próxima semana, quando os laudos periciais dos documentos apreendidos durante a operação Risco Duplo ficarem prontos.

No dia da operação, foram presos Ednaldo Francisco de Lima, de 43 anos, em Nioaque; os irmãos Elcilande Serafim de Souza, 46 anos, e Elcimar Serafim de Souza, 37 anos, em Anastácio; Gilmar Rabelo Ferreira, 40 anos, em Jateí; Adélio Paulino, de 63 anos, em Sidrolândia. No Mato Grosso foi preso Ivan Costa dos Reis, apontado como chefe da quadrilha.

A operação batizada de “Risco Duplo” é o desfecho de investigação iniciada em outubro de 2012, para apurar as atividades de quadrilha responsável pela emissão fraudulenta de CNHs (Carteiras Nacional de Habilitação), bem como de certificados de Cursos de Transporte de Cargas Perigosas, Transporte de Passageiros e Coletivos.

De acordo com o Gaeco, pelo menos 500 documentos falsos, entre CNHs e certificados de curso MOPP (Movimentação Operacional de Produtos Perigosos) foram vendidos pela quadrilha. Destes, 50 carteiras já foram identificadas. No entanto, os 500 donos dos documentos podem ter a CNH bloqueada, pois exercem a atividade remunerada sem o curso exigido para função.

Os documentos eram feitos de acordo com pedidos, que, na maioria das vezes, saíam de moradores de 12 municípios do Estado, como Nioaque, Bonito, Jardim, Vicentina, Dourados, Fátima do Sul, Campo Grande e Rio Brilhante.

Esses documentos eram feitos em papéis moedas originais que saíam de Cuiabá, Mato Grosso, onde foi preso o advogado e ex-dono de autoescola Ivan Costa dos Reis. As folhas não foram furtadas do Detran mato-grossense e sim “desviadas”.

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