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Cidades

Golpe da casa própria lesa 50 pessoas em Campo Grande

Redação | 16/01/2009 11:52

A Agehab (Agência Estadual de Habitação) emitiu hoje um alerta sobre golpes da casa própria que vem sendo aplicados por pessoas inscritas ou não nos programas habitacionais do governo estadual.

Os golpes ocorrem com freqüência em Campo Grande e conforme a Polícia Civil, só nas duas primeiras semanas do ano, 18 pessoas registraram boletim de ocorrência. A estimativa é que pelo menos 50 pessoas tenham sido lesadas.

Todas foram procuradas por um suposto funcionário da Agehab que propunha facilidades na aquisição das casas. Em troca de dinheiro o "beneficiado" ficaria isento de participar do sorteio e tinha como garantia a casa. Os valores pagos variavam de R$ 1 a 4 mil.

Pelo menos quatro pessoas estariam envolvidas no esquema. Nos casos já registrados as vítimas foram procuradas por um homem identificado apenas como Paulo. Elas disseram à Polícia que o homem fazia o contado inicial e o valor negociado era pago à outra pessoa, identificada à Polícia como Valdemar Soares dos Santos

No contado, Valdemar se identificava como Guilherme e dizia às vítimas que os valores pago a ele seriam entregue à Agência, informa a Polícia. Algumas das casas negociadas, seriam as localizadas no condomínio Conceição dos Bugres, construído próximo à UCDB. A data da entrega estava programada para hoje.

Outras duas pessoas também foram citadas pelas vítimas como participantes do esquema e registradas no inquérito. Claudevan Araújo Machado e Valter Gauma. O primeiro é acusado de fazer o trabalho de corretagem.

Entre as vítimas, Adilson da Silva Selles diz que perdeu R$ 4 mil no golpe. Segundo ele, um homem identificado como Mário o procurou através de um conhecido dele e propôs a facilidade de "furar a fila". Para conseguir a casa, ele teve que entregar documentos que comprovasse que a vítima não possuía nenhum imóvel em seu nome.

Adilson reconhece que a compra é irregular, mas alega ter se arriscado por que conhece várias pessoas que foram beneficiadas pelo esquema depois de pagarem valores. "Tudo levava a crer que era seguro. Nomes de políticos era citados a todo momento e até de secretários do governo. Além disso, ele me pediu documentos registrado em cartório", conta.

Para levantar o dinheiro, Adilson vendeu um terreno. O valor total negociado foi R$ 6 mil, desses R$ 4 foram entregues no ato de repasse da documentação e o restante na assinatura do contrato, que estava programado para a última quinta-feira.

O golpe foi descoberto depois que uma outra vítima foi informada na Agência que não existia venda de casas. Segundo Adilson, juntamente com ele, pelo menos outras 70 pessoas foram lesadas. "Fomos ligando um para o outro".

O caso é investigado pela Dedfaz (Delegacia Especializada de Repressão aos crimes Fazendários).

No alerta emitido pela Agehab o secretário Carlos Marum afirma que ninguém está autorizado a receber qualquer quantia em nome da agência e alerta que existem pessoas se passando por funcionários e cobrando valores significativos em troca de uma casa. "Peço a todos que foram procurados por tais criminosos que denunciem".

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