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Cidades

Golpista profissional sofre 4ª condenação ao se passar por médico em SP

Aline dos Santos | 21/10/2016 09:34
Prisão não impede que Valfrido de "trabalhar". (Foto: Cleber Gellio/Arquivo)
Prisão não impede que Valfrido de "trabalhar". (Foto: Cleber Gellio/Arquivo)

Golpista profissional, Valfrido Gonzales Filho, 38 anos, amealhou mais uma condenação na Justiça ao se passar por médico e obter dinheiro de parentes de pacientes.

Decisão do juiz da 5ª Vara Criminal de Campo Grande, Waldir Peixoto Barbosa, determinou pena de quatro anos de reclusão em regime fechado, sem possibilidade de substituição, pelo crime de estelionato. A mesma sentença absolveu a namorada dele à época dos fatos.

No dia 4 de julho de 2013, em uma agência bancária da Capital, Valfrido obteve R$ 1.100 após se passar pelo médico que prestava atendimento à esposa da vítima. A paciente estava internada em um hospital de São Paulo. Por telefone, o falso médico disse que durante a cirurgia localizou tumor na cabeça da mulher.

Ela precisaria de exames para verificar a gravidade. Numa segunda ligação, o estelionatário deu boas novas. O tumor era benigno e tratável com medicação de R$ 1.100. Só ao falar com o verdadeiro médico, a vítima soube da farsa.

Conforme o juiz, a autoria é patente. “Mormente pela confissão do acusado que, em juízo, confirmou todo o modo de operação do crime, desde o momento em que ligou no hospital, passou-se por secretária, obteve informações de um paciente, contatou o quarto e, passando-se pelo médico responsável, ludibriava os familiares que lá estavam, dizendo que o enfermo sofria de tumores em seu corpo e que era necessário tratamentos serem pagos por eles”.

Para a fixação da pena, o juiz analisou que a culpabilidade e reprovabilidade da conduta do réu são graves, pois utilizou uma situação de fragilidade que passava a vítima e sua família para aplicar o golpe. Além disso, o magistrado destacou que o réu possui vasta ficha criminal.

Personagens - Preso desde 2012, Valfrido Gonzales Filho já se passou por médico, advogado, delegado, desembargador, supervisor de hospitais, padre, pastor e vereador. Esta já é a quarta condenação pela Justiça.

Em entrevista ao Campo Grande News em 2012, o estelionatário revelou predileção pelos golpes em que assume identidade de padre e pastor, por ser mais fácil de conseguir enganar as pessoas. A fala foi pontuada por risos. Atualmente, ele está preso na PED (Penitenciária Estadual de Dourados).

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