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Cidades

Greve fecha agência do INSS e revolta pessoas

Redação | 16/06/2009 08:24

Ignorando decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça), os funcionários do INSS em Campo Grande cruzaram os braços nesta terça-feira. Muita gente foi pega de surpresa e ficou revoltada com a situação.

Enquanto uma fila de aproximadamente 30 pessoas aguardava a abertura da agência na Rua 26 de Agosto, um grupo de 20 servidores, também em frente ao INSS, votava, novamente, a favor da greve. Apenas o serviço de perícia medica será mantido. A decisão do STJ prevê multa de R$ 100 mil por dia no caso de manutenção de greve.

"Acho que essa greve é uma falta de respeito, a gente sai de casa cedo, com dor, e vem para fila para ficar em pé, esperando para não ser atendida. Os funcionários do INSS fazem muita greve. Eles vivem fazendo greve. Nós pagamos muitos impostos e na hora que precisamos não tem atendimento descente", desabafou Lizandra dos Santos, de 39 anos, moradora do bairro Amambai. Ela tenta conseguir o auxilio doença, após uma cirurgia para retirada de cálculo renal.

Josefa Angelina Ferreira saiu de Camapuã (142 km de Campo Grande) às 3 horas com Mateus, o filho de 8 meses, que tem paralisia cerebral, para conseguir o benefício saúde. Ela ficou inconformada ao ver os servidores votando pela paralisação. "A gente que deveria votar. Tem tanta gente querendo trabalhar e eles voltando por greve", disse.

Entre as pessoas na fila estavam muitos idosos como Lituana Vilela da Silva e Ramona Cardoso Gomes, ambas de 75 anos. Lituana Vilela da Silva veio da área rural de Jaraguari (51 km de Campo Grande) com o marido, de ônibus, para pedir aposentadoria por idade.

Antes da viagem, um funcionário do sindicato rural telefonou para a agência do INSS e recebeu a informação de que Vilela poderia vir hoje. A greve foi uma surpresa desagradável, que fez a idosa de 75 anos perder a viagem.

Moradora do bairro Universitário, Ramona Cardoso Gomes saiu de casa às 5 horas para tentar a aposentadoria por idade. Ontem, ela já havia se deslocado à agência, mas foi informada de que deveria retornar nesta terça-feira. Em nenhum momento falaram para ela sobre greve. "Fazer o quê, vou ter que esperar", disse.

Em Campo Grande existem quatro agências do INSS que atendem 1.300 por dia. Segundo o secretário financeiro da Fenaspe (Federação Nacional de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Assistência e Previdência Social), Henrique Martini, a greve será mantida, pelo menos, até sexta-feira.

Os grevistas reivindicam a manutenção da carga horária de 6 horas, melhores condições de trabalho e a contratação de mais servidores.

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