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Cidades

Gripe atinge médicos e agrava "caos" em postos de saúde

Redação | 13/08/2009 16:20

A pandemia de gripe suína, como é conhecida a doença causada pelo vírus influenza H1N1, agravou o problema da falta de médicos nos centros regionais de saúde da rede pública de Campo Grande. Com seis profissionais afastados, doentes são obrigados a enfrentar uma verdadeira "via crucis" para obter atendimento médico.

Na manhã de hoje, Paulo Ribeiro da Silva, 48 anos, levou a filha, a adolescente Mariana Oliveira da Silva, 15, ao Centro de Saúde 24 Horas do Bairro Coophavila 2, na saída para Sidrolândia. Após esperar das 7h às 8h, eles foram informados de que a unidade de saúde não tinha médico.

No início da tarde, eles procuraram o Centro Regional de Saúde do Bairro Guanandi, que também não tinha médico. Com crise renal, a garota só tinha expectativa de ser atendida, após esperar mais de uma hora, no Centro Regional de Saúde do Conjunto Aero Rancho.

"Eles deveriam ter mais cuidado com o ser humano", lamentou Silva, após oito horas de espera por atendimento médico na região sul da Capital. Eles aguardavam o atendimento com dezenas de outros pacientes no Aero Rancho.

Caos - A dona de casa Luciene Rodrigues Carvalho, 40 anos, levou o genro, a nora e o neto, que estão com os sintomas da gripe suína, para serem atendidos no posto de saúde do Bairro Guanandi às 11h de hoje.

Após duas horas de espera, eles foram informados que o único médico em atividade no local não daria conta de atender todos os doentes, cerca de 100 pacientes foram dispensados e aconselhados a procurar o centro de saúde do Aero Rancho.

Segundo Luciene, a nora e o genro foram atendidos quatro horas depois, por volta das 15h, no Centro de Saúde do Conjunto Aero Rancho. Mas o neném, de um mês, não foi atendido por falta de pediatra.

Vazio - Com febre, sentido dores nas costas e na cabeça e ânsia de vomito, Tiago Aguiar, 21, foi dispensado por falta de médico após duas horas de espera no posto do Guanandi. "Vou para outro local", lamentou o jovem, que sofre os efeitos da gripe há dois dias.

Como os pacientes foram dispensados, o centro de saúde estava vazio por volta das 14h30 de ontem. O trabalho dos funcionários era informar que não tinha clínico geral nem pediatra.

Atestado - O prefeito Nelsinho Trad (PMDB) admitiu a precariedade no atendimento da rede pública e lamentou a situação. Ele informou que seis médicos apresentaram o quadro da gripe suína e estão afastados da atividade.

A assessoria da prefeitura informou ainda que três médicos estão afastados por motivo de doença do centro de saúde do Bairro Guanandi. Pediatras também estariam doentes e estão de atestado nos centros do Guanandi e Coronel Antonino.

A situação se agravou com o aumento de 50% no número de pessoas atendidas na rede pública. Segundo a diretora municipal de Vigilância em Saúde, Ana Lúcia Lyrio de Oliveira, a média de atendimentos diários passou de 1,2 mil para cerca de 1,8 mil.

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