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Cidades

Guarani-kaiowás ainda ocupam fazenda em Rio Brilhante

Redação | 11/09/2009 08:44

Os índios guarani-kaiowá ainda não cumpriram integralmente o acordo firmado quarta-feira com a Polícia Federal e uma oficial da Justiça Federal e continuam ocupando parte da fazenda Santo Antonio de Nova Esperança, no município de Rio Brilhante. Um índio identificado como Adauto informou há pouco ao Campo Grande News, por telefone, que o prazo de 48 horas não foi suficiente para desmontar todo o acampamento, instalado na fazenda desde fevereiro de 2008.

O despejo deveria ter acontecido na quarta-feira, por determinação da Justiça Federal, mas a PF concordou em dar mais dois dias para os índios desmontarem o acampamento. O prazo vence hoje às 11h.

"Ainda tem muita coisa na fazenda. Não deu tempo de tirar tudo. Não conseguimos desmanchar as casas", afirmou o guarani-kaiowá. Ele disse que os índios aguardam o retorno da oficial de Justiça e da Polícia Federal para pedir um prazo maior para a desocupação total da fazenda. "Vamos negociar com eles. Se a gente tiver que sair hoje, vamos deixar muita coisa para trás", declarou Adauto.

Ele reclamou que o caminhão prometido pela Funai (Fundação Nacional do Índio) para ajudar na desocupação chegou há pouco e até 9h30 não tinha entrado na área ocupada. "O caminhão deveria chegar cedo, mas chegou agora e está na estrada ainda", afirmou Adauto.

Os índios estão montando acampamento às margens da BR-163, onde devem permanecer até a Funai providenciar outra área. Eles prometem permanecer na beira da rodovia aguardando os estudos antropológicos em fazendas da região. Rio Brilhante é um dos 26 municípios de Mato Grosso do Sul incluídos nas portarias da Funai que determinaram estudos antropológicos para identificação e demarcação de áreas indígenas.

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