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Cidades

Guardadores transformam margem de rio em estacionamento

Redação | 03/06/2010 16:51

A margem do rio Anhanduí, na avenida Ernesto Geisel, em Campo Grande se transformou em estacionamento privado, com direito a fitas amarelas para marcar terreno dos guardadores que lotearam o local. Eles cobram entre R$ 5 e R$ 15 a vaga, destinadas aos fieis atraídos pela presença no Parque Ayrton Senna do apóstolo Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial.

Valdemiro está em Campo Grande para a "Concentração de Fé e Milagres", evento religioso que fez pessoas dormirem no Parque à espera do apóstolo.

A expectativa da organização era levar mais de 80 mil pessoas à concentração.

Diante da presença de uma multidão, vendedores ambulantes e guardadores de carros aproveitam a oportunidade de aumentar a renda. Entre os guardadores de veículos, a fórmula encontrada foi dividir os espaços da margem do rio. Há pelo menos cem carros parados à beira do Anhanduí ao longo do trecho da Ernesto Geisel em frente ao parque Ayrton Senna e pelo menos 30 num trecho um pouco mais distante.

O único guardador a dar entrevista se identificando, Marcos Henrique Dias, de 20 anos, disse que é a primeira vez que faz esse tipo de trabalho. Segundo ele, "os amigos foram avisando" e ele decidiu atuar no local. Chegou às 6h para garantir o ponto, que vai "de uma árvore até a esquina".

Para o trabalho, Marcos disse que apenas comprou a fita amarela, normalmente usada para interditar trechos por autoridades policiais ou em obras.

A cada cliente, o guardador entrega um ticket, informando que o pagamento da taxa de estacionamento deve ser feito na retirada do veículo. O valor depende da distância do local do evento. Quanto mais perto, mais caro.

Perguntando se foi solicitada autorização do Poder Público, um outro guardador do local, que não quis ser identificado, disse que não houve o pedido, mas diz que o espaço é público. "Nós pagamos imposto, não pagamos", questiona.

No Parque Ayrton Senna e na vizinhança, era possível ver equipes da Polícia Militar incluindo da Ciptran (Companhia Independente de Policiamento de Trânsito). Perguntados sobre a presença dos carros à margem do córrego, os policiais disseram que ela é irregular, mas que pouco podem fazer diante da alta concentração de pessoas e a falta de vagas nas ruas para tantos carros.

A Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) foi procurada, mas ninguém foi localizado para falar do assunto.

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