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Cidades

Guerrilha pode se alastrar na fronteira, diz analista

Redação | 07/05/2010 09:01

A guerrilha paraguaia EPP (Exército do Povo Paraguaio), acusada de promover roubos, seqüestros e assassinatos no centro e norte do país vizinho, pode se alastrar pela região de fronteira, inclusive no Estado, nos próximos cinco anos, caso não seja combatida.

"O EPP pode se transformar em uma narcoguerilha e, se você não atacar, pode tomar todo o Paraguai, e o Brasil não ficaria de fora", disse o analista político Francisco Capli, da consultoria paraguaia First Análisis y Estudios Capli, em entrevista à BBC Brasil.

Capli afirma que facções criminosas brasileiras como o Comando Vermelho e o PCC já atuam nos dois lados da fronteira.

O Paraguai decretou estado de exceção em cinco departamentos (estados) para caçar a guerrilha. A ofensiva envolve mais de 3 mil militares, mas o governo paraguaio não considera o EPP como ameaça à estabilidade do país.

O estado de exceção foi decretado após o assassinato de quatro funcionários da fazenda do empresário Jorge Zanetti, de Dourados.

Segundo Zanetti, após perceberem que um boi havia sido morto, funcionários de sua fazenda e de uma propriedade vizinha foram junto com a polícia averiguar o ocorrido.

Eles teriam sido surpreendidos por balas disparadas por integrantes do EPP. Dois brasileiros e dois paraguaios, entre eles um policial, foram mortos no incidente. A polícia teria descoberto acampamentos abandonados do EPP na região.

Zanetti disse à reportagem da BBC não ter retornado à fazenda desde então.

"Não sei se estavam lá por estarem cercados pela polícia ou se planejavam me sequestrar", diz.

Ameaça - Para Capli, o EPP hoje não tem o poder de desestabilizar as instituições paraguaias, mas, por terem ligações com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e possivelmente com narcotraficantes, a guerrilha paraguaia pode se tornar um problema "muito grande" para o país nos próximos cinco anos.

Ele ainda afirma que existe a possibilidade de o grupo também passar a atuar inclusive em território brasileiro.

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