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Cidades

Há 4 dias, entulho coloca motoristas em risco na BR-262

Redação | 30/11/2009 16:50

Na saída para Três Lagoas, na entrada do bairro Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande, a coluna onde ficava uma lombada eletrônica foi retirada e o canteiro virou entulho de concreto e foi abandonado em plena BR-262.

O resto de concreto deixado na pista piora ainda mais a situação de um trecho que já é considerado crítico pelos motoristas e moradores. No local, foram registrados quatro acidentes apenas nos últimos quatro dias.

Apesar de ter ficado quase um ano desativado, o equipamento ajudava a controlar a velocidade dos motoristas, dizem os moradores. "Quando a lombada estava aí, os carros não passavam tão rápido, porque só os moradores sabiam que não funcionava", explica o presidente da Associação de Moradores do bairro Maria Aparecida Pedrossian, Jânio Batista de Macedo.

Há dez dias, contudo, os acidentes que já eram comuns no trecho se intensificaram. "Ali os motoristas passam direto, já tombou carreta de bebidas e teve vários acidentes. Enquanto não acontecer um muito grave não vão arrumar", reclama o gerente administrativo Antônio Carlos Batista, de 47 anos, morador do Maria Aparecida Pedrossian.

Ele diz que passa todos os dias pelo local, e sempre vê motoristas com dificuldade para entender a rotatória que dá acesso ao bairro. "Além de confusa para quem está dirigindo não tem visibilidade. Eu mesmo quase peguei dois motociclistas", conta.

De acordo com Antônio, as maiores dificuldades para os motoristas são a falta de sinalização no trecho e a curva acentuada que há antes da rotatória, no sentido Três Lagoas Campo Grande.

Os problemas no trecho são agravados quando se trata de pedestres. "Para travessia aqui é muito perigoso", conta o operador de máquinas Vilson Moreira Rodrigues, de 44 anos, morador do Jardim Noroeste. Com o carrinho de bebê, a filha e a esposa, ele conta que é uma preocupação ter de passar pela via.

"Não tem faixa de pedestre e tiraram o redutor de velocidade, para pedestre é difícil", diz a auxiliar administrativa Carolina Miranda, de 22 anos, que trabalha em frente à rodovia.

Carolina diz que a situação da via põe em risco a vida de vários trabalhadores. "Os ônibus param do outro lado da BR e a gente tem que atravessar entre os caminhões", revela.

Acidentes - Várias são as histórias de motoristas que não conseguem fazer a rotatória a tempo e passam direto por cima do canteiro e até das placas, conta o motorista José Alexandre da Silva, de 53 anos.

Ele afirma que os acidentes são mais frequentes no final de semana, e que há cerca de 30 dias viu um motociclista passar direto na curva e cair em uma boca de lobo, logo à frente.

Somente na noite de sábado foram dois acidentes, com apenas 40 minutos de diferença. Primeiro foi a colisão entre a caminhonete S-10, conduzida por José Carlos Nunes do Nascimento, com a motocicleta pilotada por Alzemir Fernandes Ferreira dos Santos, de 32 anos, que não tinha CNH (Carteira Nacional de Habilitação).

Além do condutor, estavam na motocicleta Jonatan Fernandes Ferreira dos Santos, de apenas cinco anos, e Sidnei Ferreira. Eles vinham por uma estrada de chão que dá acesso à BR, quando entraram na rodovia e bateram com a caminhonete.

Com a colisão, a S-10 chocou-se contra a coluna de onde foi retirada a lombada eletrônica e destruiu o bloco de concreto.

Enquanto as vítimas eram socorridas pelos Bombeiros, o motorista de um carro C4 Pallas perdeu o controle da direção, por conta do concreto que havia na BR, bateu na placa de Pare e saiu da pista. Ninguém ficou ferido, mas parte do carro ficou destruída.

No domingo, outro motociclista sofreu acidente na rotatória. Desta vez, ele colidiu com um carro na hora de fazer o contorno do bairro para a rodovia. Foram registrados também acidentes no trecho na última sexta-feira (27) e nesta manhã, mas ninguém ficou em estado grave.

Por enquanto, apenas os blocos de concreto que bloqueavam parte da pista foram retirados da via, e nesta manhã, mas apenas empilhados no meio da rodovia, formando um monte de entulho no trecho onde antes havia sinalização.

O presidente da Associação de moradores do Maria Aparecida Pedrossian, Jânio Batista de Macedo, conta que já chegou a apresentar projeto para a rotatória, há alguns anos. Apesar disso, o projeto executado foi à revelia da população, e de maneira que não atende às necessidades do bairro.

Se já era complicado entender a rotatória, o problema ficou maior com a construção das casas do Residencial Oiti e de vários outros na região. "Agora o fluxo todo ficou concentrado, ali vai morrer gente. Os carros passam em alta velocidade, não tem sinalização, redutor de velocidade e nem iluminação", completa o representante dos moradores.

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