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Cidades

Homem matou menino ao atirar em desafeto e não houve troca de tiros

Edivaldo Bitencourt e Bruno Chaves | 14/01/2014 15:28
Jefferson, principal suspeito de ter matado menino de 11 anos, mostra quando atirou no dia 22 de dezembro (Foto: Cleber Gellio)
Jefferson, principal suspeito de ter matado menino de 11 anos, mostra quando atirou no dia 22 de dezembro (Foto: Cleber Gellio)

A reconstituição do crime, realizada na tarde de hoje (14), confirmou a versão da perícia de que não houve troca de tiros na noite de 22 de dezembro do ano passado, quando uma bala perdida matou o estudante Matheus Garcia Cabral, 11 anos, no Bairro Dom Antônio Barbosa, na saída para Sidrolândia, em Campo Grande.

Os novos indícios comprometem ainda mais o principal acusado do crime, Jefferson Osmar Teixeira Ramão, 25 anos. A reconstituição e os depoimentos de três testemunhas reforçam a tese de que só ele atirou. O homem pretendia matar o ex-marido da atual mulher, Anderson Patrício de Oliveira, o Maninho, 27, que está foragido por ter mandado de prisão em aberto.

O perito criminal Fábio Ribas disse que toda a ação ocorreu em frente de uma residência na Rua Elídio Pinheiro, onde o menino brincava na rua. De acordo com o levantamento, a bala atingiu o muro da casa e resvalou, atingindo a cabeça do garoto, na altura da sobrancelha direita.

Para o delegado titular da 5ª Delegacia de Polícia, Jairo Carlos Mendes, a reconstituição desmente a versão fantasiosa apresentada por Jefferson Teixeira. Ele garante que houve troca de tiros. No entanto, a perícia só recolheu três cápsulas semelhantes no local do crime.

A Polícia concluiu que Jefferson estava em um veículo acompanhado de Valmor Martins Cabreira, 26, quando viu Anderson andando pela rua. Neste momento, o “companheiro” lhe emprestou a arma do crime e teria dito que era o momento do acerto de contas. Jefferson efetuou quatro disparos e um acertou a cabeça do menino, que morreu no local.

Homem chora ao negar versão da polícia: só queria criar minha família (Foto: Cleber Gellio)
Homem chora ao negar versão da polícia: só queria criar minha família (Foto: Cleber Gellio)
Menino do bairro ajuda na reconstituição de assassinato (Foto: Cleber Gellio)
Menino do bairro ajuda na reconstituição de assassinato (Foto: Cleber Gellio)

Outra versão – Durante a reconstituição, Jefferson, que teve a prisão preventiva decretada pela Justiça, manteve a versão inicial. Ele disse que estava na rua, quando Anderson lhe apontou a arma e efetuou o primeiro disparo. Ele se abaixou e acabou revidando.

No entanto, as testemunhas e a perícia desmentem a versão de troca de tiros.

Jefferson chorou durante a reconstituição. Ele frisou que só pretende criar uma família e só se defendeu porque estava sendo ameaçado.

Valmor está foragido e será indiciado por ter emprestado a arma usada no crime e ter levado o autor dos disparos ao bairro.

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