Homem que "mudou" para avenida recebe oferta de emprego e moradia
Pouco mais de 30h após “se mudar” para a avenida Afonso Pena, no canteiro central próximo ao Camelódromo, em Campo Grande, Felipe Reys Galarza, 57 anos, recebeu a primeira proposta de emprego e moradia. Porém diz que só aceitará após uma resposta da prefeitura.
“O Sindicato dos Metalúrgicos, do qual já trabalhei em carteira assinada há muito tempo, me ofereceu um emprego e um quarto para morar, nos fundos da empresa. Pretendo dar a resposta a eles até o final do dia, principalmente porque uma assistente social da prefeitura esteve aqui hoje de manhã e me pediu para aguardar”, diz Galarza.
Até o momento, apenas com os pertences, chamando a atenção de quem passa pela principal avenida da cidade, Felipe sobrevive com doações de comida por parte de comerciantes da região.
Questionada, a assessoria de comunicação da prefeitura ressaltou que Felipe precisará fazer um cadastro nos programas sociais e aguardar o chamado. “Já tentei fazer a inscrição, porém eles pediam a referência de um imóvel e eu não tinha”, finaliza Felipe.
Protesto: Sem dinheiro para pagar o aluguel, Felipe Reis Galarza, 57 anos, pegou os últimos reais que tinha na carteira e pagou um caminhão de frete para levar os móveis até o canteiro da avenida, como forma de protestar as condições de vida que está vivendo.