Homem que perdeu parte da perna acusa hospital de negligência
Um homem de 33 anos acusa o Hospital Regional “Dr. Estácio Muniz”, em Aquidauana, de negligência. Emerson Pereira sofreu um acidente de trânsito no último dia 2 e ficou três dias internado, até ser transferido à Capital, quando foi decidido pela amputação de seu membro.
Segundo o homem, que trabalhava como moto cobrador, após ser levado ao pronto atendimento do hospital, ele esperou por mais de 14 horas para o atendimento de um ortopedista. “Fiquei das 7h da manhã às 21h30 esperando o médico e tomando remédio para dor ministrado pelos enfermeiros”, comenta Pereira.
No dia 4, foi comunicado que ele seria transferido a Campo Grande e não teria tempo para avisar os parentes, o paciente ficou esperando até o início da noite quando foi informado que não iria mais naquele dia, pois uma ambulância foi levar um recém-nascido e a outra ficou retida, ambas na Capital.
Apenas no dia seguinte, terça feira (5), ele foi transferido a Santa Casa de Campo Grande. “As primeiras palavras que ouvi foram que se eu ficasse mais dois dias em Aquidauana teria morrido. Meu pé já fedia e então eu perguntei se era negligência médica? O médico após fotografar minha perna, respondeu que sim. Isso me deixou bastante triste, aí ele falou que a única solução seria amputar”, lamentou.
Pai de dois filhos, um de cinco, outro de três anos, Emerson diz estar recebendo apenas o apoio de familiares e do patrão e que nenhum órgão público do município o procurou para dar assistência.
Alguns vereadores do município tiveram o conhecimento da situação do rapaz e através da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Aquidauana, solicitou esclarecimentos preliminares no Hospital Regional de Aquidauana.
Houve um contato inicial com o advogado do Hospital Regional, Dr. Alexandre Alves Corrêa que de imediato atendeu os vereadores. E na próxima terça feira a Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Aquidauana apresentará um requerimento ao prefeito Zé Henrique (PDT), requisitando toda a documentação referente ao "atendimento" da vitima.
Se aprovado pelos vereadores, o prefeito Zé Henrique (PDT), terá prazo previsto na Lei Orgânica para encaminhar as respostas e cópias dos documentos.
O fato será levado ao conhecimento do MPE (Ministério Publico Estadual), ao Conselho Regional de Medicina e também a Associação de vitimas de erros médicos em Mato Grosso do Sul.
Segundo consta todos os documentos inerentes ao atendimento de Emerson Pereira, eles foram levados por Irene Franco, que administra a unidade de saúde e entregues a Gerente Municipal de Saúde, Dr. Angela Spada, que ainda não se manifestou a respeito dos fatos.